Há vagas para farmacêuticos com mais de 50 anos de idade. O Grupo DPSP, que reúne as drogarias Pacheco e São Paulo, deu início a essa busca em novembro do ano passado. “Temos a percepção de que profissionais mais experientes prestam um atendimento acolhedor e cuidadoso”, justifica o diretor de RH e Suprimentos da companhia, Felipe Zogbi.
Para isso, foi criado o programa Farma 50 +, que foca a contratação, a retenção e o desenvolvimento de farmacêuticos. Segundo o executivo, o objetivo é incluir e promover “oportunidades para essas pessoas mais maduras no mercado de trabalho ou então que mudaram de carreira recentemente e precisam de recolocação”.
Desde o início, foram contratadas 19 pessoas e a expectativa é aumentar esse número. A iniciativa, por enquanto, é voltada apenas a profissionais com mais de 50 anos e não está aberta a atendentes ou assistentes de loja.
Zogbi explica que as oportunidades abertas no Farma 50 + são abertas para todo o país, ainda que só tenha havido contratações nos Estados do Rio e de São Paulo.
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As vagas para farmacêuticos com mais de 50 anos que tenham disponibilidade de horário e de jornada aos finais de semana. Experiência em varejo, iniciativa e dinamismo são algumas das características valorizadas pela empresa. O farmacêutico pode enviar currículo para o e-mail curriculofarma@dpsp.com.br ou deixá-lo em uma das lojas do grupo.
Os resultados, segundo ele, são “muito positivos”, apesar de o número de contratações ser ainda pouco expressivo. “Ao criar essa iniciativa, nos posicionamos como uma empresa diversa pelo que faz, transcendendo o discurso e pensando cada vez mais na inclusão como um todo”, analisa o executivo sobre os impactos para o Grupo DPSP. O cargo de farmacêutico, explica ele, é “essencial para o negócio” e o programa está alinhado aos planos de expansão.
A farmacêutica Denise de Lourdes Conceição, que foi contratada pelo programa Farma 50 +; crédito: Divulgação
“Quando o farmacêutico com mais de 50 anos é contratado, ele está cheio de energia pela oportunidade que lhe foi concedida: seja por ser recém-formado e por poder aplicar e atuar na nova experiência, seja pela oportunidade de se realocar no mercado de trabalho, sendo esta uma idade mais restrita para vagas”, afirma.
No ambiente corporativo, a combinação de gerações tem produzido frutos. Enquanto os farmacêuticos com mais de 50 anos se sobressaem pelo atendimento, os mais jovens despontam em questão de tecnologia. “Há uma troca de conhecimentos.” O saldo é um mix de experiência de vida e de “gás de iniciante”, além de oportunidade de ensinar e de saber conviver bem equipe.
Há oito meses na equipe de uma drogaria do grupo em São Paulo, a farmacêutica Denise de Lourdes Conceição, 55 anos, é só elogios à iniciativa. Depois de sair de uma farmácia para estagiar no Instituto de Criminalística, ela soube da vaga por meio de uma consultoria – e se candidatou.
Hoje, divide-se em diversas funções como dispensação de receitas, coordenação de medicamentos, prevenção de perdas, controle de psicotrópicos e antibióticos, aplicação de injetáveis e, claro, atendimento e serviço ao cliente. “Achei maravilhosa a oportunidade de recolocação e ainda de crescimento”, destaca. E completa: “No mercado de trabalho, as pessoas com mais de 45 anos já são consideradas velhas demais”.
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