Neste ano, o sambista Martinho da Vila, 80 anos, e a esposa, Cléo Ferreira, 46 anos, tiraram do armário o que vestiram há 25 anos. Subiram no palco do Teatro Clara Nunes, na zona sul do Rio, e, mais uma vez, disseram sim um para o outro. Em frente a uma plateia, comemoraram suas bodas de casamento, com as bênçãos de um pastor e um padre.
Em 2017, foi a vez da rainha Elizabeth, da Inglaterra, e do príncipe Phillip celebrarem os 70 anos de união. Mais reservados, escolheram uma festa em família. A monarca deu a ele de presente, nas bodas de vinho, o título de Cavaleiro Grã-Cruz da Ordem Real Vitoriana.
Tanto cá quanto lá, seja realeza, seja plebeu, celebrar o aniversário de casamento é tradição. Significa recordar a união e a parceria. “Seja comemorando 1 ano ou 60 anos de casados, o importante é aproveitar os preparativos para relembrar a jornada, os momentos bons, as vitórias, e porque não, as dificuldades. Afinal, o que é celebrado não é simplesmente o passar dos anos, mas toda a história construída durante esse tempo pelo casal, a família formada, os amigos “, diz a assessora de eventos e cerimonialista Elaine Rogeri, da Elaine Eventos.
Ela afirma que as bodas iniciais – de 1, 5 ou 10 anos – são, em geral, comemoradas apenas pelo casal. “Um jantar romântico ou uma viagem são as escolhas mais comuns.” Já as de 25 anos em diante, são “sempre em família agregando amigos”. “Dependendo do estilo do casal, a confirmação dos votos religiosos é o ponto mais importante da comemoração.”
Além das bodas de prata e de ouro, é comum celebrar os 40 e os 60 anos de casados. “Hoje os casais mais jovens têm comemorado também as bodas de 1 ano e 5 anos”, conta Elaine.
Significados
Não é à toa que cada ano tem um significado. As bodas de prata e as de ouro são as mais conhecidas e remontam à Idade Média, na Alemanha, em que as esposas eram presenteadas pelos maridos após 25 e 50 anos de casados, com coroa de prata e ouro.
Acredita-se que a simbologia dos demais anos – e, sim, há um material por aniversário de casamento – tenha surgido no período vitoriano, de meados do século 19 ao início do 20. Papel, algodão e couro dão início à lista, que conta com pinheiro, salgueiro e jequitibá.
Há um porquê na sequência. Ela vai do menos encorpado e mais maleável papel até o jequitibá, árvore forte, capaz de viver por milhares de anos. Confira, a seguir, os nomes das bodas de casamento ano a ano e o significado das mais comemoradas.
1º – papel: traduz a fragilidade dos primeiros 12 meses e a flexibilidade casal
2º – algodão
3º – couro ou trigo
4º – flores ou frutas
5º – madeira: resistente e serve como a base para a construção de bens duradouros
6º – açúcar
7º – latão ou lã
8º – barro ou papoula
9º – cerâmica ou vime
10º – estanho ou zinco: metais maleáveis, porém resistentes
15º – cristal
20º – porcelana
25º – prata: símbolo da força e da estabilidade no casamento
30º – pérola
35º – coral
40º – esmeralda: é considerada a pedra do amor incondicional
45º – rubi
50º – ouro: representa riqueza e fartura
55º – ametista
60º – diamante: durável, quase inquebrável, é também um material valioso
65º – platina
70º – vinho
80º – nogueira ou carvalho
90º – álamo
100º – jequitibá
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