Um gol decisivo, que acaba com anos de fila. Uma, duas ou três temporadas acima da média, que ficam marcadas na memória de quem teve o privilégio de acompanhá-las ao vivo. Uma carreira inteira dedicada às cores de um único time. Às vezes, tudo isso junto. Assim se formam os ídolos do futebol.
Não existe uma fórmula matemática para classificar os craques. Entretanto, por mais diferentes que sejam os ingredientes, o resultado da receita será sempre o mesmo: a paixão de toda uma nação de torcedores, que encontram nesses jogadores tudo aquilo que fez nascer o amor por seus clubes.
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E o que fazem esses superatletas depois que saem de cena? O Instituto de Longevidade Mongeral Aegon quis saber onde estão dez ídolos do futebol que marcaram gerações de torcedores no Brasil.
Túlio Maravilha - Botafogo
https://www.youtube.com/watch?v=2EZ1dOJBr50
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Por figura2000/YouTube
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Por Reprodução tulio maravilha/YouTube
Um dos personagens mais irreverentes do futebol brasileiro, Túlio é um ídolo nada modesto. Em 1995, foi o herói do título nacional do Botafogo, marcando o controverso gol que garantiu o empate na final contra o Santos.
Sagrou-se artilheiro do Campeonato Brasileiro em três oportunidades: 1989 ainda pelo Goiás, e nos anos de 94 e 95, já pelo clube da estrela solitária. Além dos gols, era conhecido pelas polêmicas em comemorações e entrevistas.
Longe do auge, tornou-se um nômade do futebol, motivado pelo desafio de marcar o milésimo gol. Rodou mais de 30 equipes até atingir o feito em 2014, jogando pelo Araxá, da segunda divisão do Campeonato Mineiro.
Já foi vereador em Goiás e hoje, aos 48 anos, é comentarista do programa os Donos da Bola, da TV Band Rio de Janeiro.
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Marcelinho Carioca – Corinthians
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Por Reprodução Jônatas Freitas/YouTube
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Revelado pelo Flamengo, o Pé de Anjo consagrou-se em um dos times mais populares do país. Exímio cobrador de faltas, marcou época pelo que produziu dentro de campo. Conduziu o Corinthians a dois títulos brasileiros, uma Copa do Brasil e o Mundial de Clubes de 2000. É o quinto maior goleador do clube, com 206 gols. O mais lembrado deles, uma pintura sobre o Santos, com direito a chapéu de chaleira e uma placa de reconhecimento de Pelé.
Fora dos gramados, colecionou desafetos (o mais notório deles, Vanderlei Luxemburgo), polêmicas e versatilidade – como a formação do grupo de pagode gospel Divina Inspiração.
Aposentado nos campos, foi deputado estadual por um mandato e, no final de 2017, concluiu a faculdade de jornalismo. Hoje, aos 46 anos, tenta emplacar uma carreira de repórter.
Tostão – Cruzeiro
https://www.youtube.com/watch?v=snfLnwmOtJk
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Por Reprodução Romano/YouTube
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Por TV CRUZEIRO - oficial/YouTube
Maior artilheiro da história do clube, com 245 gols em 383 jogos, cativou a torcida nos quase sete anos que passou na Toca da Raposa com uma canhota preciosa, uma visão de jogo privilegiada e uma inteligência fora de série. Era o craque do time da histórica conquista da Taça Brasil de 1966, sobre o Santos de Pelé.
Tostão é um dos heróis da conquista do Mundial de Futebol de 1970. Abandonou os gramados muito cedo, devido a um descolamento de retina. O seu talento, porém, não ficou restrito às quatro linhas.
Cursou medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, tornando-se, mais tarde, professor da Faculdade de Ciências Médicas e médico da Santa Casa. Até que, nos anos 90, tornou-se um dos cronistas esportivos mais respeitados do país. Hoje, escreve no jornal Folha de S.Paulo às quartas e aos domingos.
Zico - Flamengo
https://www.youtube.com/watch?v=DsuXb-Tdg6k
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Por Reprodução BlogSerFlamengo/YouTube
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Por Mikhail Slain (foto.mail.ru)/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons
A idolatria é tão grande, que o Galinho de Quintino ganhou até música, composta por Jorge Ben Jor, um dos flamenguistas mais ilustres do país. Também pudera: nos anos em que defendeu o Flamengo, Zico entrou para o seleto grupo dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos, ao lado de Pelé e Garrincha.
Sua presença deu o tom da máquina rubro-negra de ganhar títulos nos anos 80. Entre eles, o Mundial Interclubes e a Libertadores de 1981, os Brasileirões de 80, 82 e 83 e a Copa União de 87.
Marcou 502 gols em 727 jogos – 333 deles no Maracanã, sendo o maior artilheiro da história do estádio. E, como diz a canção, falta na entrada da área era com ele, talvez o maior cobrador de todos os tempos.
Além do time da Gávea, marcou época na seleção brasileira (como esquecer os Mundiais de 82 e 86?), na Udinese (ITA) e, já no final da carreira, usou o seu prestígio para desenvolver o futebol no Japão.
Dedicou-se à carreira de treinador – destaque à passagem pela seleção japonesa. Hoje, aos 64 anos, é comentarista do canal Esporte Interativo e mantém um canal no YouTube, o Zico 10 (https://www.youtube.com/channel/UCdS5sqt3r7wkTtaPgkfiIEQ).
Falcão - Internacional
https://www.youtube.com/watch?v=Q1I8vCHwHYI
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Por Reprodução OGB Videos/YouTube
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Por Reprodução OGB Videos/YouTube
O Rei de Roma, na verdade, alcançou a majestade muito antes de jogar pelo time da capital italiana. Duvida? Então pergunte a qualquer colorado quem é o maior jogador da história do clube.
Estreou pelo Internacional em 1973, permanecendo ali até 1980. Neste período, foi o coração de uma das equipes mais vitoriosas do futebol brasileiro. Conquistou três Campeonatos Brasileiros: em 1975, 1976 e 1979 – o último deles, de forma invicta, feito jamais repetido.
Após pendurar as chuteiras, dedicou-se à carreira de treinador, chegando a comandar a seleção brasileira por um breve período, no início dos anos 90. Ganhou prestígio como comentarista esportivo, participando das transmissões da Rede Globo – ocupação que abandonou para voltar à beira do campo.
Atualmente com 64 anos, está sem clube desde que foi demitido pelo Internacional, em 2016, após passagem de menos de um mês pelo clube.
Ademir da Guia - Palmeiras
https://www.youtube.com/watch?v=_9e_9EcHmQA
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Por Bundesarchiv, Bild 183-N0716-0306/Mittelstädt, Rainer/CC-BY-SA 3.0/Wikimedia Commons
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Por Leonef (Own work)/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons
O Divino “jogava de terno” – combinava elegância e tranquilidade com excelente visão de jogo. Nasceu em 1942, filho do lendário zagueiro Domingos da Guia – de quem herdou, além do talento, o apelido. Integrou as imortais Academias de 60 e 70, brilhando no alviverde paulista em 900 jogos, de 1961 a 1974.
Com as suas passada largas, ajudou a fazer do Palmeiras um dos clubes mais vitoriosos do século XX. Liderou os títulos de cinco Campeonatos Paulista, um Torneio Rio-São Paulo, dois Campeonatos Brasileiros, um Torneio Roberto Gomes Pedrosa e duas Taças Brasil – não por acaso que é considerado o maior ídolo da história do clube, com direito a estátua no Centro de Treinamento.
Fora dos gramados, teve uma breve passagem pela política, como vereador da cidade de São Paulo. Hoje, aos 75 anos, Ademir da Guia integra a equipe de Masters do Palmeiras, rodando o Brasil em jogos de exibição.
Pepe - Santos
https://www.youtube.com/watch?v=uzDBLGf7Hqk
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Por Reprodução Santos Futebol Clube/YouTube
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Por Reprodução Santos Futebol Clube/YouTube
O maior jogador “humano” da história do Santos. É assim que a torcida do alvinegro praiano se refere a José Macia, o Canhão da Vila.
O apelido vem do chute potente (há quem diga que, quando cobrava faltas, chegava a derrubar os adversários que se atreviam a ficar na barreira). Vestiu a camisa do Peixe em 750 oportunidades, anotando 405 gols – o que faz dele o segundo maior do time, atrás apenas de Edson Arantes do Nascimento. Integrou aquela que é considerada por muitos a maior equipe de todos os tempos. Conquistou dois Mundiais Interclubes, duas Taças Libertadores, cinco Taças Brasil (o Brasileirão da época), nove títulos paulistas e quatro torneios Rio-São Paulo.
Após pendurar as chuteiras, iniciou uma bem-sucedida carreira de treinador, com passagens pelo próprio Santos, pelo São Paulo (onde foi campeão Brasileiro em 1986) e por outras equipes.
Hoje, aos 81 anos (completa 82 em 25 de fevereiro), vive em sua Santos natal, curtindo a aposentadoria ao lado da esposa e de um dos quatro filhos.
Raí - São Paulo
https://www.youtube.com/watch?v=xPv5Ro3O5Gs
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Por Reprodução São Paulo FC/YouTube
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Por Reprodução SPFC Notícias/YouTube
“Raí, Raí, o terror do Morumbi.” Era só pisar no gramado do estádio do São Paulo que a torcida se animava.
Irmão do dr. Sócrates, eterno ídolo corintiano, formou-se na base do Botafogo de Ribeirão Preto. E como o irmão, sua contratação foi alvo de disputa entre o Tricolor e o Timão – dessa vez com um final feliz para os são-paulinos.
Sob a batuta do mestre Telê Santana, conduziu o time multicampeão do início dos anos 90 a três títulos estaduais, um Campeonato Brasileiro, duas Libertadores da América (feito que entre os brasileiros só tinha sido atingido pelo Santos de Pelé), e um Mundial Interclubes – com direito a atuação de gala e dois gols no Barcelona de Johan Cruijff. Mais tarde, após retornar da Europa, ainda conquistaria dois Campeonatos Paulistas.
Depois que parou de jogar, notabilizou-se pelo trabalho social desenvolvido pela Fundação Gol de Letra, que fundou ao lado do amigo e ex-jogador Leonardo. Além disso, é dono de uma empresa de gestão de marcas e negócios, a Rai+Velasco, e ajudou a criar a associação sem fins lucrativos Atletas pelo Brasil, que reúne ex-esportistas de diferentes modalidades para promover a melhoria do esporte e avanços sociais do país.
Aos 52 anos, é diretor de futebol do Tricolor do Morumbi, buscando reconduzir o clube ao período de glórias.
Roberto Dinamite - Vasco
https://www.youtube.com/watch?v=xsDEIvetL78
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Por Reprodução topsports10/YouTube
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Por LonEMedia (Own work)/CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons
Formado nas categorias de base do Vasco, poucos jogadores na história jogaram tantas vezes por um mesmo time: foram mais de 1.000 partidas. Dono de um chute potente (o Dinamite do apelido não é por acaso), é também o maior artilheiro vascaíno, com 644 gols.
Aposentou-se em 1993, em um amistoso contra o La Coruña, da Espanha (partida em que até Zico, ídolo do maior rival, vestiu a camisa cruzmaltina). Depois disso, elegeu-se vereador do Rio de Janeiro e deputado estadual (por cinco mandatos).
Fora das quatro linhas, ganhou notoriedade quando se tornou presidente do time em que fez história. No cargo, levou o Vasco ao título da Copa do Brasil e aos rebaixamentos à segunda divisão do Brasileirão em 2008 e 2013.
Hoje, aos 63 anos, é comentarista do programa Donos da Bola, da TV Band Rio de Janeiro.
Romerito - Fluminense
https://www.youtube.com/watch?v=y7nzrYPZ4lE
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Por Reprodução Opina Flu/YouTube
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Por Reprodução Opina Flu/YouTube
O paraguaio Romerito, nome pelo qual o ponta Julio César Romero Insfrán se tornou conhecido, chegou ao tricolor carioca em 1984. Vinha do lendário New York Cosmos, clube que reuniu craques como Pelé, Carlos Alberto Torres e Franz Beckenbauer.
Atuou nas Laranjeiras entre 1985 e 1989. Já no primeiro ano no novo time, ascendeu ao panteão dos heróis ao marcar o gol que garantiu o título nacional de 1984 – contra o Vasco, um dos maiores rivais do Flu.
Junto do Casal 20, dupla formada por Assis e Washington, e dos ex-jogadores Branco e Ricardo Gomes, tetracampeões mundiais com a seleção brasileira em 94, compôs um dos melhores times da história do clube, conquistando o bicampeonato carioca em 84 e 85.
Já aposentado, foi conselheiro municipal na terra natal e chegou a se arriscar em uma carreira musical, cantando rock. Hoje, aos 57 anos, atua como empresário de jogadores de futebol.
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