A longa trajetória entre a dor crônica e o diagnóstico é um desafio comum na vida de pacientes com fibromialgia, uma síndrome relativamente comum, mas de grande complexidade. A doença causa dores intensas em vários pontos do corpo, e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Trata-se de uma patologia relacionada à disfunção do sistema nervoso central que provoca insuficiência aos mecanismos supressores da dor.
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Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), o problema afeta 3% da população brasileira, especialmente mulheres na faixa dos 30 aos 55 anos. No entanto, a doença também pode acometer crianças, adolescentes e idosos de ambos os sexos.
Recentemente, um estudo publicado pela revista turca Agri Pain mostrou a prevalência da doença em 31% das pessoas entre 65 e 80 anos. Dessa forma, o tratamento correto é ainda mais importante nessa idade, já que as dores podem causar um grande impacto na qualidade de vida dos mais velhos.
Causas da Fibromialgia
De acordo com a reumatologista Luciana Feitosa Muniz, do Hospital Sírio Libanês, não há uma causa definida para o surgimento da fibromialgia. Porém, existem alguns fatores relacionados ao seu desenvolvimento, como predisposição genética e questões ambientais.
A fibromialgia é muito frequente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indício de que algumas mutações genéticas podem desencadear a síndrome. É possível também que a doença seja provocada por traumas físicos ou emocionais. Fatores como sedentarismo, ansiedade, depressão e distúrbios do sono também podem estar ligados ao problema.
Sintomas
- Dor em diversas partes do corpo;
- Cansaço mesmo após dormir por longos períodos;
- Problemas de memória e dificuldades de concentração;
- Dor de cabeça frequente;
- Formigamentos no corpo;
- Distúrbios do sono: além da dificuldade para dormir por causa da dor, muitos pacientes apresentam outros problemas, como a apneia.
- Sensibilidade ao toque: um abraço ou aperto de mão podem ser dolorosos.
Fonte: Wikipedia
Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia é realizado durante o exame físico, localizando os pontos de dor no corpo. Como os sintomas de uma pessoa com fibromialgia são bastante semelhantes a outras doenças, é normal que seu diagnóstico seja mais lento e trabalhoso. Luciana lembra que é comum a equipe médica solicitar exames complementares.
Tratamento da Fibromialgia
A doença não tem cura, mas o tratamento correto pode aliviar as dores consideravelmente. Segundo a reumatologista, o tratamento mais indicado é feito com medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos e relaxantes musculares. Além disso, recomenda-se também o uso da acupuntura, da psicoterapia e da meditação.
É importante ressaltar também que os exercícios físicos são fundamentais no tratamento da fibromialgia, pois liberam substâncias que ajudam a controlar a dor. Luciana lembra que é normal sentir um incômodo na fase de adaptação das atividades físicas, mas é importante não desistir. “Por isso, é recomendado começar com exercícios leves em posições confortáveis e com progressão gradual ao longo de cada semana”, conclui.
Pilates, hidroginástica, yoga, tai chi e até mesmo musculação são grandes aliados no tratamento da patologia, mas é preciso também manter uma alimentação equilibrada assim como outros hábitos saudáveis.
Novo aparelho promete aliviar as dores da fibromialgia
As pessoas que sofrem com fibromialgia terão à disposição, a partir de agosto de 2019, um novo aparelho de terapia fotodinâmica que promete controlar os sintomas da doença. Ele emite simultaneamente um laser de baixa intensidade e ultrassom terapêutico. As aplicações de luz serão feitas diretamente nas palmas das mãos em cerca de três minutos. Em dez sessões, o dispositivo pode melhorar também os sintomas de outras doenças, como a artrite e artrose.
O aparelho foi criado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo do grupo foi focar na fibromialgia a partir da palma da mão, em vez de pontos de dor espalhados pelo corpo.