Um estudo publicado na última segunda-feira (4) na revista Nature Medicine pode mudar de vez a compreensão científica acerca de demências e ajudar na descoberta da cura do Alzheimer, além de novas formas de tratamento e prevenção. Os pesquisadores analisaram o perfil de uma mulher colombiana de aproximadamente 80 anos que, devido a mutações genéticas, deveria ter desenvolvido a demência há pelo menos três décadas.
O problema foi diagnosticado em vários de seus parentes, todos com a mesma mutação, que começaram a apresentar perdas de memória aos 40 anos e vieram a falecer por volta dos 60 anos devido a complicações.
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Contudo, os cientistas identificaram uma segunda mutação na mulher, extremamente rara, que minimizava a ligação de um composto de açúcar específico a um gene. De acordo com os cientistas, essa segunda mutação acabou por protegê-la da demência, mesmo com o cérebro carregado de placas de proteínas beta amiloide, principal característica da doença.
A descoberta pode servir de base para o desenvolvimento de uma nova droga para a cura do Alzheimer, o que ainda deverá levar alguns anos devido aos testes necessários em laboratório. Mesmo assim, a possibilidade pode ser considerada uma luz no fim do túnel. O último tratamento foi aprovado há 15 anos e os poucos medicamentos disponíveis no mercado não fazem efeito quando ministrados por longos períodos.