Você começa a investir em um plano de previdência, mas não está satisfeito com sua rentabilidade, com a instituição escolhida ou com as taxas cobradas. O que fazer? Uma alternativa é aproveitar a possibilidade de portabilidade na previdência privada. Vamos explicar como funciona.
Primeiramente, é preciso considerar que planos de previdência normalmente são investimentos voltados para o longo prazo. Inclusive, há vantagens boas para quem realmente consegue manter o investimento por mais tempo. Por conta disso, é natural que, no meio do caminho, possa surgir a vontade de fazer alguma mudança.
Nesse contexto, a portabilidade na previdência privada é uma opção. Um ponto interessante é que não é necessário resgatar os recursos para aplicar novamente nem pagar IR, o que poderia causar prejuízo. “Tanto planos VGBL quanto PGBL podem ser portabilizados dentro da mesma empresa ou até para outra empresa”, explica Marcos Veríssimo, superintendente comercial da sucursal Niterói da MAG Seguros. “Porém, precisamos ficar de olho na taxa de carregamento de saída, caso exista”, alerta.
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Portabilidade na previdência pode ser interna ou externa
Um primeiro ponto a entender é que a portabilidade na previdência privada pode ser feita de forma interna ou externa.
A migração interna acontece quando é feita dentro da mesma instituição. Ou seja, você contratou um plano na instituição X e continua nela, porém muda o fundo de previdência no qual investiu os recursos.
Já a migração externa acontece quando você leva os recursos investidos para outra instituição. Essa instituição pode ser um banco, uma corretora, uma gestora, etc. Para isso, basta contatar a instituição de destino e pedir para que intermedie a portabilidade.Apenas dentro da mesma modalidade.
A portabilidade na previdência privada só pode ser realizada para planos da mesma modalidade. Ou seja, se você começou a investir em um plano PGBL, só poderá migra-lo para outro PGBL. O mesmo acontece com planos VGBL, independente de ser uma migração interna ou externa.
Outro ponto é com relação à tabela de tributação escolhida. É possível optar pela progressiva ou pela regressiva, conforme explicamos em outra matéria. Neste caso, só é possível realizar portabilidade do regime progressivo para o regime regressivo. Não há possibilidade de fazer o contrário.
Por que migrar?
Existem algumas razões que podem levar alguém a querer aproveitar a portabilidade na previdência privada. Uma delas é o desagrado com a instituição escolhida. Outra razão pode ser a baixa rentabilidade. Neste caso, é importante comparar os rendimentos, a carteira e os objetivos de cada plano a ser considerado.
Taxas de administração e de carregamento muito altas também podem desagradar quem investe em previdência privada, assim como taxas de performance cobradas por alguns fundos. Esses custos podem prejudicar a rentabilidade final, por isso são realmente importantes.
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