Sem sair de casa, sem quebra-quebra, sem dor de cabeça, sem gastar muito. Com esse briefing, o Instituto de Longevidade Mongeral Aegon consultou três especialistas em busca de soluções que existem no mercado para reformar a cozinha. Confira:
Azulejos
Em vez de trocar o revestimento, que tal pintá-lo? Há duas técnicas: uma deixa visível o rejunte, e outra torna a parede lisinha, como a de alvenaria. Para os dois procedimentos, explica o arquiteto Renato Carneiro, da Master House Manutenções e Reformas, há tintas específicas:
- Tinta epóxi catalisável
Ela dispõe de dois tipos de catalisadores, sendo um específico para ambientes secos e o outro para ambientes úmidos; em média, o galão com 3,6 litros é vendido por R$ 182;
- Wandepoxy base água
É um produto monocomponente, que não precisa de catalisador, ou seja, é só diluir em água e aplicar na superfície desejada; são nove cores prontas no acabamento brilhante e uma no acetinado, comercializado por R$ 200.
Piso
Colocar piso novo sem retirar o antigo é uma boa opção para reformar a cozinha sem quebra-quebra, ensina Natalia Ghorayeb, designer de interiores da INN Arquitetura. “Mas é preciso buscar opções com espessura fina, para que o ambiente se mantenha nivelado com o restante das dependências da casa”, explica. O mais utilizado, segundo ela, é o piso vinílico, que custa a partir de R$ 30 o m², mas também já há (poucas) opções de cerâmico, mais duráveis e que são vendidos por de R$ 100 a R$ 200 o m².
Armários
Armários com muitos anos de uso, riscados, lascados ou desbotados ganham vida nova com a troca de revestimento, que pode ser uma simples adesivagem das portas. Com papel contact, o rolo com 2 m de comprimento por 45 cm de largura sai por R$ 27, e a a mão de obra por R$ 11 o m², segundo Renato Carneiro, da Master House.
Bancadas
“Vale a pena trocar quando a bancada está absolutamente deteriorada e não pode mais ser restaurada”, afirma o arquiteto Felipe Luciano, do Estudio FCK.
Bancadas de granito itaúna ou branco polar tendem a oxidar e manchar. Para conservar ao longo do tempo, é preciso passar impermeabilizantes periódicos. Mas não é possível restaurar nem polir essa pedra. Pedras sintéticas, como o Silestone, também não têm restauro depois que mancham. Bancadas de granitos pretos, como o São Gabriel, ficam opacas depois de um tempo.
“Você pode tentar fazer um restauro, lixar com lixa d’água, que não faz pó. Assim elas duram um pouco mais, porém não ficam iguais a antes”, ensina.
Uma alternativa para bancadas rachadas é aplicar várias demãos de porcelanato líquido, explica. “Tem que ser aplicado por um profissional e não é um serviço barato, mas fica bonito e funcional. Pode-se usar a pia original como base.”
Luminárias
Sua cozinha ainda tem lâmpadas incandescentes ou fluorescentes? A recomendação é trocá-las pelas de LED, que, além de muito mais econômicas, têm um design diferenciado. A mais utilizada é o plafon embutido 28 cm x 28 cm, e cada unidade sai aproximadamente por R$ 30.
“Quando entrou no mercado, possuía apenas a opção de uma coloração muito esbranquiçada, que tirava o ar mais intimista do ambiente, dando uma sensação mais fria. Hoje em dia, já existem LEDs com a coloração mais amarelada, que dão um ar mais acolhedor”, pontua Natalia Ghorayeb, da INN Arquitetura.
Decoração
Além de todos os truques básicos citados anteriormente para reformar a cozinha sem grandes obras, existem alguns outros que estão em alta na decoração, sugere Natalia Ghorayeb, da INN Arquitetura. A pintura de lousa é uma delas. “Além de dar uma cara moderna ao ambiente, também serve para que as pessoas possam escrever lembretes, mensagens ou frases.”
Outra opção também pode ser o envelopamento de eletrodomésticos, que dão cor ao ambiente e, de quebra, protegem de possíveis arranhões. Adesivos imitando ladrilhos hidráulicos também são uma tendência, além de colocação de prateleiras com temperos e painéis temáticos. “Tudo vai depender de gosto e da sua vontade de partir para o faça você mesmo.”
Existem ainda adesivos que imitam azulejos, que podem ser colocados no frontão da área molhada. “Esses elementos que imitam azulejos vêm como uma plaquinha de PVC, que é fixo à superfície com uma cola específica. Você consegue dar um toque de grafismo à cozinha e não fica tão artificial”, sugere Felipe Luciano, do Estudio FCK.
“Para dar apenas uma cor, vale usar eletrodomésticos coloridos, que dão muita personalidade, louças bacanas, pratos em paredes, quadros em uma parede que não seja molhada. Se você se identificou com um objeto que viu e aquilo combina com seu ambiente, deve colocar. Afinal, a casa deve ter a cara do morador”, finaliza.