A jornalista Mariza Tavares se prepara para lançar o livro “Longevidade no cotidiano: a arte de envelhecer bem” pela Editora Contexto. De acordo com a autora, a obra se propõe a ser um roteiro para quem quer ser protagonista da sua história até o fim.
“Falo de saúde e bem-estar, relacionamentos e sexo, dinheiro e aposentadoria, trabalho e economia da longevidade, reforçando o que venho abordando nas cerca de 600 colunas que já escrevi: temos uma missão coletiva, que é combater o preconceito e derrubar os estereótipos que acompanham a velhice”, comenta.
O lançamento virtual, que acontecerá no dia 15 de outubro, às 19h, nas redes sociais da Livraria da Travessa, vem para coroar o aniversário de quatro anos de muito sucesso de seu blog “Longevidade: modo de usar” no portal G1.
Mariza lembra que, logo na coluna de estreia, decidiu tratar de um assunto ainda muito enraizado em nossa sociedade, que é o medo que as pessoas ainda têm de envelhecer. “Eu dizia que tinha acabado de completar 58 anos e comentava que as pessoas consideram um elogio quando ouvem de volta: puxa, nem parece!”.
Mentirosos e bajuladores à parte, o que chama a atenção no cumprimento para a autora é a negação que ele embute. Por que não podemos espelhar a idade que temos? Ela mesma responde: “Porque envelhecer continua sendo um tabu”.
Para ela, considerar uma qualidade estar imune à passagem do tempo é o mesmo que desvalorizar e apagar a experiência de toda uma vida. “Por que parar de celebrar a capacidade de ir em frente e se adaptar e ficar tentando ser uma versão mais jovem de si mesmo? Por que não festejar o bônus de 30 anos de expectativa de vida que a humanidade ganhou ao longo do século XX?”, questiona a autora.
Ela lembra que, diferentemente do que acontecia na primeira metade do século passado, a geração que hoje está na casa dos 60, 70 anos – e além! – se sente cheia de vitalidade e energia. Trata-se de uma geração que está envelhecendo mais e melhor que seus pais e avós.
“São adultos ativos no mercado de trabalho e que pretendem continuar atuantes profissionalmente. São consumidores que continuarão movimentando os negócios e demandando serviços, provavelmente com mais dinheiro no bolso e na poupança do que seus filhos e netos, porque sabemos que os jovens enfrentam um mundo de emprego escasso. A visão meramente cronológica, isto é, da data em que nascemos, vai sendo substituída pela biológica: se estamos bem fisicamente e afiados intelectualmente, ainda podemos aproveitar e contribuir muito”, garante.
E conclui: “Afinal, afortunados são os que chegam lá!”