De acordo com um estudo publicado na revista científica “The Lancet” nesta sexta-feira (4), a vacina produzida pela Rússia contra o novo coronavírus apresentou resultados promissores.
O teste mais recente, que foi realizado em 76 pessoas, não teve efeitos adversos e induziu resposta imune. Porém, os cientistas russos reconheceram que precisam de mais testes para comprovar a eficácia da vacina.
Batizada de Sputnik V como uma referência à corrida espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos durante a Guerra Fria, a imunização foi registrada no começo de agosto pela Rússia. No entanto, a rapidez de sua produção e a falta de estudos publicados sobre os testes deixaram a comunidade internacional cautelosa.
Resultados da vacina russa contra o novo coronavírus
Os resultados divulgados na manhã desta sexta-feira são referentes às fases 1 e 2 dos testes e mostram que não houve efeitos adversos até 42 dias depois da imunização dos participantes. Além disso, todos eles desenvolveram anticorpos para o novo coronavírus em até 21 dias.
Para os cientistas do Instituto Gamaleya, responsável por desenvolver a vacina russa, a resposta obtida com esse teste foi maior do que a observada em pacientes infectados que se recuperaram de forma natural.
Repercussão da vacina no Brasil
O governo do Paraná informou, também nesta sexta-feira, que fará testes com a vacina russa. A imunização deve começar em um mês e vai contar com a participação voluntária de 10 mil profissionais da saúde.
Esses testes, referentes à fase 3 da vacina, devem ter início após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o governo do estado, o pedido de registro deve ser realizado em dez dias.
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