A partir de janeiro, o salário mínimo atualizado será de R$ 1.518. O valor foi oficialmente anunciado e terá um reajuste de 7,5% no salário mínimo atual. A correção representa um aumento de R$ 106 em relação aos R$ 1.412 válidos no ano passado.

Com a atualização, trabalhadores formais, beneficiários do seguro-desemprego, do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros programas vinculados ao piso nacional já recebem os novos valores a partir de fevereiro.

Esse é o primeiro salário mínimo atualizado com base nas novas regras de correção. O valor passa a ser válido a partir de 1º de janeiro de 2025 e vale para todos os trabalhadores..

Salário mínimo atualizado e salário mínimo atual

A nova regra estabelece que, entre 2025 e 2030, o aumento real do salário mínimo — ou seja, o valor acima da inflação — será limitado a 2,5%. Essa medida visa garantir ganhos aos trabalhadores, mas com responsabilidade fiscal, evitando impactos excessivos no orçamento público.

O reajuste do salário mínimo atualizado considera dois fatores principais:

  • Inflação: medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 4,84% nos 12 meses até novembro de 2024;
  • Crescimento do PIB: a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, que foi de 3,2% em 2023.

Com base nesses indicadores, o salário mínimo deveria atingir R$ 1.528. No entanto, o teto de 2,5% de aumento real limitou o reajuste, resultando nos atuais R$ 1.518.

Uma mão segurando uma carteira de trabalho. Dentro da carteira, notas de 100 reais. Imagem para ilustrar a matéria sobre salário mínimo atualizado. Crédito: Leonidas Santana/Shutterstock

Impactos do salário mínimo atualizado

A elevação do piso nacional afeta diretamente benefícios sociais e previdenciários vinculados ao salário mínimo, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, seguro-defeso e o abono salarial PIS/Pasep.

A nova política de reajuste busca equilibrar ganhos para os trabalhadores com a necessidade de controle fiscal. Estimativas do Ministério da Fazenda indicam que a limitação do aumento real pode gerar uma economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos, reduzindo a pressão sobre as contas públicas.

Desafios e expectativas

Embora o aumento real do salário mínimo seja mais moderado sob as novas regras, ele ainda desempenha um papel crucial na preservação do poder de compra dos trabalhadores e beneficiários. Segundo cálculos do governo, cada R$ 1 de aumento no piso gera um custo adicional de aproximadamente R$ 392 milhões ao orçamento federal, o que reforça a importância de um ajuste cuidadoso.

A atualização do salário mínimo e os limites impostos pelo novo teto refletem um esforço do governo para conciliar a valorização do trabalho com a sustentabilidade fiscal. A medida é um passo estratégico para manter a economia equilibrada, sem comprometer os direitos de milhões de brasileiros que dependem desse piso para sustentar suas famílias.

Quando o salário mínimo foi criado?

O salário mínimo no Brasil teve sua origem em 1936, durante o governo de Getúlio Vargas. Embora os termos da lei tenham passado por modificações ao longo do tempo, em essência, o valor estabelece um patamar mínimo que todos os trabalhadores devem receber pela jornada de trabalho.

Conforme informações fornecidas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os valores do salário mínimo ao longo do período de 1994 a 2024 foram os seguintes:

  • 2024: 1.412 - aumento de 7%
  • 2023: R$ 1.302 em janeiro - aumento de 7,5% / R$ 1.320 a partir de maio - aumento de 1,4%

  • 2022: R$ 1.212 - aumento de 10,18%

  • 2021: R$ 1.100 - aumento de 5,26%

  • 2020: R$ 1039 - aumento de 4,11% / R$ 1.045 a partir de julho - aumento de 0,58%

  • 2019: R$ 998 - aumento de 4,61%

  • 2018: R$ 954 - aumento de 1,81%

  • 2017: R$ 937 - aumento de 6,48%

  • 2016: R$ 880 - aumento de 11,68%

  • 2015: R$ 788 - aumento de 8,84%

  • 2014: R$ 724 - aumento de 6,78%

  • 2013: R$ 678 - aumento de 9%

  • 2012: R$ 622 - aumento de 14,13%

  • 2011: R$ 545 - aumento de 5,88%

  • 2010: R$ 510 - aumento de 9,68%

  • 2009: R$ 465 - aumento de 12,05%

  • 2008: R$ 415 - aumento de 9,21%

  • 2007: R$ 380 - aumento de 8,57%

  • 2006: R$ 300 - aumento de 16,67%

  • 2005: R$ 260 - aumento de 15,38%

  • 2004 :R$ 260 - aumento de 8,33%

  • 2003: R$ 240 - aumento de 20%

  • 2002: R$ 200 - aumento de 11,11%

  • 2001: R$ 180 - aumento de 19,21%

  • 2000: R$ 151 - aumento de 11,03%

  • 1999: R$ 136 - aumento de 4,62%

  • 1998: R$ 130 - aumento de 8,33%

  • 1997: R$ 120 - aumento de 7,14%

  • 1996: R$ 112 - aumento de 12%

  • 1995: R$ 100 - aumento de 42,86%

  • 1994: R$ 70 - aumento de 8,04%

  • 1994: R$ 64,79


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