Em uma época em que se fala muito sobre abusos financeiros, é preciso considerar que eles não ocorrem apenas em relacionamentos entre casais. Podem acontecer entre familiares e amigos e afetar as pessoas com mais idade que, muitas vezes, se encontram mais fragilizadas.

É muito comum que os aposentados acabem emprestando o nome e o cartão de crédito, pedindo empréstimos e fazendo dívidas, mesmo sem vontade, para pessoas próximas. Como têm uma receita garantida que vem da aposentadoria, muitas vezes acabam tendo que assumir contas que não são deles porque não se sentem fortes para contestar o pedido de um filho ou de um neto.

Não são poucos os casos em que os aposentados muitas vezes são a única pessoa da família que consegue pedir um empréstimo por conta da receita garantida, e é nesta hora que outras pessoas podem pedir para que façam empréstimos consignados, por exemplo, pelos mais variados motivos. No fim de ano, então, em que há pagamento de 13º salário, o cuidado deve ser maior.

É necessário lembrar que quem empresta o nome e faz dívidas atendendo aos pedidos de outras pessoas, sejam parentes ou amigos, assume uma responsabilidade financeira. Ou seja, caso as pessoas não paguem o que foi combinado, é o aposentado que pode ficar com o nome sujo. E, no caso do consignado, ele já perde parte da aposentadoria antes mesmo de recebê-la.

Uma miniatura de um idoso com uma bengala sobre um monte de moedas. Imagem para ilustrar a matéria sobre emprestar nome para empréstimos.Crédito: beeboys/Shutterstock

O ideal, caso receba um pedido deste tipo, é que o aposentado observe se há realmente fundamento nele, ou seja, se é para algo emergencial ou apenas para futilidades. É natural que, em muitos casos, um filho tenha perdido o emprego, esteja à procura e precise apenas de um auxílio momentâneo, ou, ainda, um neto precise de apoio para realizar um curso visando a um aumento de salário, mas são situações temporárias nestes casos. Outra coisa é alguém pedir para o avô pegar dinheiro emprestado porque quer um tênis novo ou trocar de bike.

Além disso, gosto de dizer que quem geralmente pede para usar o nome do outro é porque não cuidou bem do próprio nome. Neste caso, por que cuidaria bem do nome de quem pediu o empréstimo para ajudá-lo?

É importante que o aposentado, se ainda estiver bem para tomar decisões, procure alguém em quem confie para lidar com situações como essas. E, caso não esteja bem, é necessário que os parentes e amigos que se importam com ele estejam atentos a situações de abuso financeiro para que eventuais providências possam ser tomadas.


Já imaginou receber conteúdos sobre saúde, trabalho, finanças e muito mais diretamente no seu celular? Clique aqui e entre no nosso grupo do WhatsApp.


Leia também:

Como os filhos podem ajudar os pais na organização das finanças para uma longevidade ativa

5 passos para você não ficar no limite das finanças e garantir sua longevidade financeira

Regra 50-30-20: saiba como administrar suas finanças pessoais e não perder dinheiro

Compartilhe com seus amigos

Receba os conteúdos do Instituto de Longevidade em seu e-mail. Inscreva-se: