O envelhecimento da população mundial apresenta desafios para a saúde financeira que vão além da aposentadoria. A longevidade crescente pressiona sistemas previdenciários e exige novas estratégias para garantir qualidade de vida na velhice. Segundo a ONU, em 2019 o número de idosos superou o de crianças pequenas pela primeira vez na história. No Brasil, o Censo de 2022 registrou um aumento de quase 60% na população idosa, que já representa mais de 10% dos habitantes.
Essa tendência traz um grande dilema: como financiar uma velhice cada vez mais longa? Antes, era comum que uma pessoa se aposentasse aos 65 anos e precisasse de recursos para viver até os 80. Com o aumento da expectativa de vida, que em alguns casos chega a 110 anos, as reservas financeiras precisam sustentar um período muito maior sem trabalho.
A aposentadoria, como está estruturada hoje, não garante qualidade de vida para muitos. O Brasil ocupa a 33ª posição no ranking mundial de sistemas previdenciários. Embora tenha características positivas, enfrenta riscos e deficiências significativas. Enquanto isso, países como Holanda e Japão buscam soluções para mitigar os desafios de uma população cada vez mais envelhecida.
No Japão, a crise na previdência força muitos a trabalharem até os 70 anos ou mais. Além disso, o isolamento social é um problema crítico. Pesquisas indicam que cerca de 15% dos idosos que vivem sozinhos mal conversam com outras pessoas, e 30% sentem que não têm com quem contar. O isolamento, somado à precariedade econômica, tem levado alguns a cometer pequenos delitos para serem presos, garantindo acompanhamento médico e socialização.
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Desafios para a saúde financeira e exemplos inspiradores
Alguns países têm tomado medidas inovadoras para enfrentar esses desafios. Singapura, por exemplo, oferece incentivos financeiros para filhos que moram próximos aos pais idosos. Essa iniciativa reduz custos com saúde e promove a convivência familiar. Outro exemplo é o The Villages, nos Estados Unidos, uma comunidade que oferece aos idosos atividades diversas e suporte médico em um ambiente acolhedor.
O aumento da longevidade exige um novo olhar para o planejamento financeiro e social. Não basta apenas acumular recursos; é preciso garantir que eles sejam suficientes para sustentar uma vida longa e com qualidade. Pergunte-se: você está preparado para viver bem até os 110 anos? Esse é o momento de repensar como enfrentaremos os desafios para a saúde financeira de uma sociedade que está envelhecendo rapidamente.
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