O serviço de atendimento telefônico do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Disque 100, registrou 125.352 denúncias no primeiro semestre deste ano. Com relação ao mesmo período de 2018, o aumento foi de 19,12%.

De acordo com o MMFDH, esse número pode ser dividido em 76.529 novas denúncias, 11.548 complementações e 9.253 atendimentos especializados, além de 24.977 registros pelo serviço de disseminação de informações sobre direitos humanos e 2.895 atendimentos redirecionados à Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).

Titular da pasta, a ministra Damares Alves relacionou o aumento dos números à maior efetividade do serviço. “Nós reduzimos o tempo de resposta ao cidadão de quatro meses para menos de 10 dias. Também implementamos a ampliação para 100% do feedback dos órgãos parceiros quanto ao encaminhamento das denúncias”, revelou a ministra.

Violência contra o idoso no Disque 100

Outro dado chamou a atenção dos técnicos do ministério. Em 2019, o número de denúncias de violações contra a pessoa idosa cresceu 29,68% em relação ao ano anterior, chegando a 21.749. A maioria das vítimas tinham idade entre 76 a 80 anos (18,17%), seguidos dos que têm de 66 a 75 (31,42%).

Somente no Mato Grosso, o aumento foi de 68,37%, de acordo com o Censo 2010. Os estados do Paraná, Rio grande do Norte e São Paulo aparecem como os campeões em número de denúncias a cada 100 mil habitantes.


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A principal queixa registrada pelo Disque 100 foi com relação à negligência, com 79,26% dos casos. Em seguida, vêm os casos de violência psicológica, com 48,40% dos casos; abuso financeiro e econômico, com 39,57% dos casos; violência física, 23,91%; violência institucional, 3,86%; violência sexual, 0,45%; e discriminação, com 0,32% dos casos.

Com relação à negligência, as principais queixas se referem a negligência em alimentação (60,97%), em aparo e responsabilização (60,91%), em limpeza e higiene (47,80%), em medicamentos e assistência à saúde (45,26%), abandono (30,29%) e autonegligência (0,81%).

Vítimas do sexo feminino ainda são maioria e representam 63,07% dos casos, contra 32,12% do sexo masculino.

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