O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou neste domingo (9), por meio de sua conta no twitter, o nome do último ministro que faltava para completar sua equipe ministerial. O advogado paulista de 43 anos Ricardo de Aquino Salles será o ministro do Meio Ambiente.
Ex-secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin e ex-secretário particular do tucano, Salles é um dos fundadores do Movimento Endireita Brasil. Na última eleição, ele concorreu, sem sucesso, a uma cadeira de deputado federal pelo Partido Novo.
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Tendo anunciado durante a campanha eleitoral que seu Ministério seria formado apenas por 15 pastas, Bolsonaro se viu obrigado a ceder a pressões populares e políticas, entre elas, à fusão dos ministérios da Agricultura com o do Meio Ambiente. Contudo, o presidente eleito declarou por diversas vezes que não desejava ter um ministro "xiita" à frente da pasta e que a proteção ambiental teria que dialogar com o desenvolvimento do país. O nome de Salles agradou a bancada ruralista do Congresso Nacional.
Com o anúncio, Bolsonaro fecha o primeiro escalão de seu governo com 22 ministérios. Com a não-fusão das duas pastas, a empresária Tereza Cristina ficou à frente do Ministério da Agricultura, tendo sido indicada pela bancada ruralista no Congresso Nacional.
Futuro ministro do Meio Ambiente enfrenta denúncia do MP-SP
Salles é réu numa ação de improbidade administrativa movida por quatro promotores do Ministério Público de São Paulo. A denúncia, realizada no dia 21 de novembro de 2017 pelos promotores Silvio Marques, Leandro Lemes, Thomás Yabiku e Jaime do Nascimento Júnior, acusa Salles e mais duas pessoas de terem fraudado o processo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016, no governo Alckmin.