As cidades impossíveis de se viver não são apenas uma realidade, mas um crescente desafio global. Segundo o relatório anual Demographic International Housing Affordability, muitas cidades ao redor do mundo tornaram-se inacessíveis para a maioria das pessoas devido ao alto custo da moradia. Este relatório, que compara a renda média com os preços médios das casas, destaca um cenário preocupante para potenciais compradores.

Cidades da Costa Oeste dos EUA e do Havaí dominam a lista das cidades impossíveis de se viver. San José, Los Angeles, São Francisco e San Diego estão entre as mais caras. Honolulu, a capital havaiana, também aparece em destaque. Essas cidades são marcadas pela alta demanda e políticas restritivas de uso do solo.

O impacto global das cidades impossíveis de se viver

Além dos EUA, Hong Kong e cidades australianas como Sydney, Melbourne e Adelaide também estão na lista. Hong Kong, notoriamente conhecida pelos altos preços e pequenos apartamentos, lidera o ranking. A cidade tem a menor taxa de aquisição de habitação entre as pesquisadas, com apenas 51%.

A pandemia foi um dos fatores que impulsionou o aumento dos preços. Com o crescimento da busca por casas com espaço exterior, houve um impacto direto no preço dos imóveis. 

As políticas de uso do solo, como a contenção urbana, e o aumento da atividade de investidores também contribuíram para a alta nos preços. Segundo o relatório, a escalada dos custos da terra, combinada com a restrição de oferta, criou uma pressão insustentável sobre os preços das casas.

“A classe média está sitiada principalmente devido à escalada dos custos da terra. À medida que a terra foi racionada num esforço para conter a expansão urbana, o excesso de procura sobre a oferta fez subir os preços”, afirma o relatório.

A entrada de investidores no mercado imobiliário impulsionou ainda mais o aumento nos preços.

Possível estratégias e soluções

A Nova Zelândia adotou a política "Going for Housing Growth" (“Indo para o Crescimento Habitacional”, em português), que libera mais terras para desenvolvimento. Wendell Cox, em um artigo para o Financial Post, sugere que o Canadá deveria seguir esse exemplo. Cidades como Vancouver e Toronto são mencionadas como exemplos de mercados imobiliários inflacionados.

“Toronto e Vancouver mostram que o custo de controlar a expansão é inaceitavelmente elevado: preços inflacionados das casas, rendas mais altas e, para um número crescente de pessoas, pobreza”, escreveu Cox.

Horizonte urbano com altos arranha-céus, em Hong Kong, uma das cidades impossíveis de se viver. Crédito: Jaromir Chalabala/Shutterstock

As cidades mais acessíveis

Apesar dos desafios, algumas cidades ainda oferecem habitação acessível. Pittsburgh, Rochester e St. Louis nos EUA, Edmonton e Calgary no Canadá, e Perth e Brisbane na Austrália são algumas delas.

As 10 principais cidades impossíveis de se viver

  1. Hong Kong

  2. Sydney

  3. Vancouver

  4. San José

  5. Los Angeles

  6. Honolulu

  7. Melbourne

  8. San Francisco/Adelaide

  9. San Diego

  10. Toronto

Conheça cidades preparadas para o envelhecimento da população

Cidades preparadas para o envelhecimento da população oferecem infraestrutura, serviços e políticas voltadas para as necessidades dos idosos.

Isso abrange acessibilidade, cuidados de saúde adequados, espaços públicos adaptados, oportunidades de lazer e programas sociais que promovem a inclusão e o bem-estar dos mais velhos.

Essas cidades reconhecem os desafios do envelhecimento populacional e trabalham para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus residentes idosos.

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