As zonas azuis são conhecidas por ter habitantes com alta expectativa de vida, com muitos chegando aos 100 anos. O termo surgiu quando o pesquisador e escritor norte-americano Dan Buettner começou a estudar sobre a longevidade de determinadas regiões. Com isso, ele escreveu uma série de livros que fala sobre os hábitos, a configuração social e o ambiente das pessoas mais longevas do mundo.
Cinco regiões foram estudadas por Buettner e elas estão espalhadas pelo mundo. Dessa forma foi possível analisar tanto as diferenças culturais quanto as semelhanças em hábitos e costumes.
As 5 zonas azuis do mundo
As regiões em destaque são:
- Sardenha, Itália;
- Okinawa, Japão;
- Península de Nicoya, Costa Rica;
- Icaria, Grécia;
- Os adventistas do sétimo dia de Loma Linda, EUA.
Mesmo sendo locais distantes entre si, o pesquisador conseguiu identificar pontos em comum. As semelhanças são os fatores que fazem com que a população dessas regiões tenha uma maior expectativa de vida. Ou seja, vivam mais.
Crédito: Marcel Franz Metelec/Shutterstock
Os hábitos das zonas azuis que fazem as pessoas viverem mais
O autor da pesquisa destacou nove pontos em comum entre as regiões das zonas azuis. Eles estão relacionados a hábitos saudáveis, alimentação, senso de comunidade e também espiritualidade.
Confira a lista abaixo:
1. Caminhada
De acordo com Dan Buettner, pessoas que vivem nas zonas azuis costumam ser muito ativas. Porém, não é uma atividade intensa. Em geral, fazem exercícios regulares de baixa intensidade para o tônus muscular, mobilidade e alívio de estresse. Caminhas são sempre bem comuns entre os moradores dessas regiões.
2. Restrição calórica consciente
Comer até não conseguir mais não é uma prática usual para as pessoas das zonas azuis. Isso porque elas compreendem que parar de comer antes de estar 100% saciado pode trazer benefícios ao organismo.
Ao comer devagar, é possível perceber como o corpo reage àquele alimento. Além disso, como o cérebro demora cerca de 20 minutos para “entender” a saciedade, essa estratégia ajuda a evitar o exagero.
3. Alimentação baseada em produtos frescos e vegetais
A população nas zonas azuis também consome carne e produtos de origem animal. Porém, de forma secundária. O maior foco é o consumo de verduras, frutas, legumes e castanhas, preferencialmente frescos e preparados em casa.
4. Consumo de vinho com moderação
Em pequenas quantidades, o álcool reduz o estresse e melhora a saúde do coração. Acima de tudo, o vinho (para os okinawanos, o saquê) é parte de uma cultura e de rituais sociais.
5. Propósito para a vida
Chamado de "ikigai" pelos okinawanos, o propósito representa a motivação para começar o dia. Os habitantes das zonas azuis compreendem claramente o seu ikigai, que pode ser o trabalho, a família ou até mesmo um encontro agradável com amigos para uma conversa.
6. Prática de coisas que nutrem a alma
Ao desacelerar e buscar coisas que façam bem naturalmente é possível diminuir os níveis de estresse e, com isso, as inflamações crônicas. Sejam afazeres religiosos ou lazer com amigos e família, o importante é ser algo que alimente a alma e traga felicidade.
7. Comunidade espiritual
Um ponto em comum entre a maioria dos longevos é a presença da fé. Aqueles que se envolvem em práticas religiosas têm uma menor probabilidade de adotar comportamentos prejudiciais. Além disso, tendem a ser mais ativos, menos estressados e a terem um nível mais profundo de autoconhecimento.
8. Priorização da família
Ao dar prioridade à família, normalmente se experimenta um retorno na forma de afeto e atenção. Na maioria das vezes, os centenários das zonas azuis compartilhavam o convívio com gerações mais jovens da família, resultando em uma relação mutuamente benéfica tanto para os mais velhos quanto para os mais novos.
9. Pessoas certas ao redor
Vínculos sociais profundos estão fortemente ligados à longevidade. Além disso, quando essas conexões estão alinhadas com hábitos saudáveis, as chances de adotá-los também aumentam consideravelmente.
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