Embora criada em 1969, com o nome de Arpanet e a finalidade de interligar laboratórios de pesquisa, a internet só foi liberada para uso comercial em 1987. Empresas provedoras, em 1992, já estavam pipocando no mercado americano com o assunto. No mesmo ano, o Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern) desenvolveu o protocolo WWW (World Wide Web), que democratizou o uso da internet e possibilitou o acesso universal a informações. Pouco tempo depois, as redes sociais surgiriam para deixar o ambiente digital ainda mais dinâmico.
De lá pra cá, todos os dias somos surpreendidos pelo surgimento de novos sites, sistemas, aplicativos, serviços e redes sociais. Muita coisa boa, que veio com o objetivo de facilitar cada vez mais a vida de usuários. Proporcionando, assim, novas experiências com o mundo.
Agilidade na busca por qualquer informação ou serviço e a praticidade de que tudo seja realizado na segurança. Certamente, um dos maiores ganhos foi poder realizar quase tudo no conforto do seu lar. Mas com o tempo, alguns pontos negativos também foram surgindo e ganhando destaque.
Para a professora do IBMR Jacqueline Sobral, as redes sociais são excelentes canais para a comunicação entre pessoas, familiares, amigos ou contatos profissionais. Isso sem a necessidade de que estejam juntos geograficamente. Contudo, problemas como escapismo e isolamento social daqueles que recorrem ao celular e a redes sociais para fugir do mundo também têm se tornado cada vez mais comuns.
“A questão que a gente vem acompanhando é que cada vez mais as pessoas se conectam para se desconectarem”, pontua. Doutoranda em educação pela PUC-Rio, Jacqueline desenvolve pesquisas sobre o uso de tecnologias móveis e sua influência no cotidiano dos indivíduos.
“Cada vez mais, as pessoas têm a necessidade de se posicionar o tempo todo sobre todos os assuntos. O problema é que, na maioria dos casos, isso é feito sem fundamento. E aí, por conta do próprio algoritmo das redes, e também por uma atitude dessas pessoas, você acaba falando sempre com as mesmas pessoas que pensam exatamente como você”, avalia.
Jacqueline também chama a atenção para o discurso da intolerância e do ódio, muito predominante nos dias de hoje.
“Se fulano pensa diferente, eu vou exclui-lo. Isso é muito preocupante. O radicalismo vem tomando conta das redes sociais. Esse é um cenário muito ruim, porque as pessoas estão desfazendo amizades.”
Ao citar o livro “O show do eu”, em que a ensaísta e pesquisadora argentina Paula Sibilia afirma que estamos vivendo uma espetacularização do banal, Jacqueline lembra que tudo hoje é motivo pra tirar uma “selfie” (se auto fotografar com o celular) e postar nas redes sociais. “E aí existe também um movimento muito grande de ‘eu vou postar e esperar curtidas’, ou de ‘eu espero curtidas como comprovação do quanto eu sou amado e admirado pelas pessoas’. Esse é outro problema”, afirma.
Crédito: Krakenimages.com/shutterstock
Redes sociais e as notícias falsas
Por ser um espaço democrático e sem fiscalização, a proliferação de notícias falsas (fake news), de achismos e de informações imprecisas vem exigindo um maior cuidado. A confirmação de fontes e fatos se tornam secundárias. Para Jacqueline, o fato de cada vez mais pessoas acharem que tudo o que está nas redes sociais é realmente verdade é a confirmação de que estamos enfrentando um grave problema social.
“Os ânimos estão muito acirrados e a grama do outro é sempre bem mais verde que a nossa. As redes sociais, embora possam servir como um ótimo canal de comunicação, também podem ser fonte de grande frustração”.
Como evitar problemas com as redes sociais?
Para evitar problemas e acalmar os ânimos, Jacqueline sugere atitudes simples como usar as redes sociais com moderação, estar aberto para se deparar com opiniões contrárias, não participar de debates com a cabeça quente e ter a consciência de que redes sociais não são sinônimo de vida real. “É muito comum indivíduos mudarem de comportamento quando mediados por uma tela”, conclui.
Veja abaixo algumas vantagens do uso de redes sociais:
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Facilidade de exposição e divulgação de serviços, portfólios, produtos, currículos etc.;
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Rapidez para disseminação de informações;
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Maior possibilidade de localizar pessoas e pesquisar assuntos de seu interesse;
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Facilidade para estabelecer conexões profissionais e de relacionamento;
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Grande disponibilidade de material para entretenimento gratuito, como vídeos, textos, artigos, áudios, imagens, filmes, músicas, realidade virtual etc.
Desvantagens:
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Perda de concentração e a procrastinação de outros compromissos;
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Muita quantidade de informações, dificultando o foco em assuntos mais específicos;
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Proliferação de notícias falsas (fake news) e o surgimento de fontes pouco confiáveis;
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Altamente viciante e faz com que muitas pessoas optem por viver a realidade virtual, se afastando da vida real;
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Se usadas sem os devidos cuidados, pode gerar uma superexposição do usuário, ocasionando problemas mais graves como assaltos, sequestros e assédio.
Conheça as redes sociais do Instituto de Longevidade
Além do portal de notícias, o Instituto de Longevida conta com canais de comunicação nas redes sociais. Por meio deles, é possível acompanhar as novidades do universo da longevidade e também dicas sobre Longevidade Financeira.
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Aprender a lidar com novas tecnologias não é algo destinado apenas para as pessoas jovens. É para todos. Porém, é necessário estar aberto a aprender coisas novas e cuidar da saúde mental. Faça o teste abaixo e veja se a sua idade combina com as suas ações e sentimentos.
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