O primeiro lote da CoronaVac, vacina contra Covid-19, chegou na manhã desta quinta-feira (19) em São Paulo. Foram recebidas 120 mil doses do imunizante que serão armazenadas em local não revelado por motivos de segurança. A CoronaVac é desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

O lote chegou em um voo da companhia Turkish Cargo vindo da China no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A importação foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, a aplicação das doses ainda não está permitida. A permissão só pode ocorrer após a conclusão de todos os testes.

Segundo o governo do Estado de São Paulo, ao todo foram negociadas 46 milhões de doses da CoronaVac. A expectativa dos governantes é de que até dezembro cheguem ao país 6 milhões de doses. Além disso, o acordo prevê a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan. Parte da matéria-prima deve ser enviada ao Brasil ainda neste ano. Dessa forma, outras 40 milhões de doses do imunizante poderão ser fabricadas no Instituto.


Segurança da CoronaVac

A chamada CoronaVac é uma vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac com estudo coordenado no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Os testes dessa vacina ocorrem no país ocorrem com 13 mil voluntários de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

A estratégia da CoronaVac é semelhante à de outras vacinas, como a do sarampo. Em laboratório, o vírus é inativado com um produto químico. Dessa forma, ao ser injetado no nosso corpo, o sistema imunológico identifica o vírus e produz anticorpos contra ele. Assim, quando entramos em contato com o SARS-CoV-2, o corpo já tem a “receita” para preparar mais anticorpos e combater a infecção.

Trata-se de um método muito comum para produção de vacinas. Porém, também possui desvantagens. Dentre elas, o fato de que a resposta imune gerada por esse tipo de vacina não é tão forte ou duradoura como em outros métodos.

CoronaVac é vacina para Covid-19 produzida pelo laboratório Sinovac e Instituto Butantan

Estudo publicado na última terça-feira (17) na revista científica The Lancet apontou que a CoronaVac é segura e produziu resposta imune em 97% dos voluntários que participaram dos testes em 2ª fase. Ainda não há estudos com resultados conclusivos sobre a 3ª fase dos testes.

No início de novembro, a Anvisa chegou a anunciar a suspensão dos testes da CoronaVac em razão de “evento adverso grave”. Porém, a agência voltou a liberar o estudo no dia seguinte após esclarecimentos quanto à causa da morte de um voluntário. Constatou-se que o óbito não teve relação com a vacina.

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