Um novo estudo trouxe uma descoberta relevante sobre a diferença entre cérebro masculino e feminino. Pesquisadores identificaram que, durante o envelhecimento saudável, cérebros masculinos perdem volume em mais regiões e em ritmo mais acelerado do que os femininos. O resultado desafia teorias anteriores sobre a maior incidência de Alzheimer entre mulheres.
O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e acompanhou centenas de voluntários por vários anos. Todos passaram por exames de ressonância magnética para mapear mudanças no volume cerebral ao longo do tempo.
Os cientistas esperavam encontrar sinais de que as mulheres envelhecem cerebralmente de forma mais rápida. Essa hipótese buscava explicar a maior vulnerabilidade feminina à demência. No entanto, os dados mostraram o contrário: os cérebros masculinos sofrem atrofia mais ampla durante o envelhecimento saudável.
Mesmo com essa diferença, as mulheres continuam a representar a maioria dos casos de Alzheimer. Isso indica que o encolhimento cerebral não é suficiente para explicar a prevalência da doença no sexo feminino. Segundo os autores, o Alzheimer envolve diversos processos, como acúmulo de proteínas, disfunções metabólicas e fatores hormonais.
Crédito: LightField Studios/Shutterstock
Diferença entre cérebro masculino e feminino vai além da estrutura
Os pesquisadores destacam que as distinções entre os cérebros não se limitam à anatomia. No caso das mulheres, a queda nos níveis de estrogênio após a menopausa pode afetar o funcionamento cerebral. Além disso, fatores genéticos e o modo como as células reparam danos também podem contribuir para a maior vulnerabilidade à doença.
Por outro lado, os cérebros masculinos parecem apresentar uma perda estrutural mais visível. Essa atrofia envolve múltiplas regiões, o que sugere um envelhecimento mais acelerado em termos de volume. Mesmo assim, não há indícios de que isso se traduza em maior risco de demência.
Diferenças cerebrais
Os cientistas defendem que as diferenças entre os sexos podem se manifestar em outros aspectos do cérebro. As mulheres podem ter alterações mais sutis em conectividade neural, metabolismo e resposta imunológica, que não são captadas por medidas tradicionais de volume.
Os autores ressaltam que compreender a diferença entre cérebro masculino e feminino é essencial para aprimorar o diagnóstico e a prevenção de doenças neurodegenerativas. Combinar exames de imagem com análises hormonais e genéticas pode revelar novas formas de intervenção.
A pesquisa reforça a importância de considerar o contexto biológico de cada sexo em investigações médicas. Ao levar em conta essas nuances, a ciência se aproxima de estratégias mais personalizadas para proteger a saúde cerebral ao longo da vida.
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