Alguns chamam de reserva de emergência, outros de reserva de segurança e outros, ainda, de reserva contra imprevistos. Não importa a maneira como você se refira àquela quantia guardada para situações inesperadas, nem onde você ela esteja: em investimentos, na poupança ou no colchão. O importante mesmo é poder contar com essa segurança.
“Gosto dessa última denominação [reserva contra imprevistos], apesar de achar as anteriores igualmente corretas”, explica o especialista em finanças pessoais da MAG Investimentos e colunista do portal do Instituto de Longevidade, Hirbis Girolli. “Mas é que essa reserva serve justamente para bancar aqueles imprevistos que não podemos cobrir através de um seguro, que seria a opção mais barata e racional”.
Vamos imaginar algumas situações hipotéticas. Inesperadamente, você perde a sua única fonte de renda e o seu seguro-desemprego, caso você o tenha, não é suficiente para arcar com todas as suas despesas. Ou ainda, surge um problema de saúde e você precisa realizar um exame ou um procedimento que não é coberto pelo seu plano. A situação também pode ser menos grave. É o caso de um reparo emergencial que precisa ser feito na sua casa. Ou até mesmo o pagamento da franquia do seguro do seu carro.
É aí que entra a reserva de emergência. O objetivo é ela arcar com os gastos que surgem de forma inesperada e que podem causar um verdadeiro estrago no seu orçamento.
Mas como fazer uma reserva de emergência?
De acordo com o assessor de investimentos Adriano Milagres, da RD Investimentos, o importante para quem quer começar um reserva de investimentos é, sempre que receber o salário, destinar uma parte para os investimentos.
“Não importa se esse valor é alto ou baixo. O mais importante é criar o hábito”, explica Milagres. “Comece, por exemplo, guardando 10% do seu salário sempre que possível. Depois vá ajustando de maneira que o valor a ser investido seja confortável para você”, completa.
Segundo os especialistas, o ideal é que essa reserva de emergência seja equivalente a um valor de 3 a 6 vezes a sua renda mensal líquida.
Crédito: fizkes/Shutterstock.
“Se você não precisar dessa reserva de imprevistos, tudo bem. Ela estará lá e irá se somar às suas demais economias para garantir a sua independência financeira definitiva lá no futuro”, avalia Girolli.
Seguindo esse raciocínio, pode-se concluir que aqueles que conseguem formar uma reserva para imprevistos e estão devidamente cobertos pelos seguros adequados atingiram a independência financeira em relação aos imprevistos não-seguráveis.
Mas o trabalho não para por aí. Tão importante quanto ganhar mais, gastar bem, poupar certo e investir melhor é proteger o seu patrimônio. Veja abaixo algumas dicas dos nossos especialistas que vão ajudar você a manter a sua reserva de emergência.
3 dicas para você proteger a sua reserva de emergência
1. Fazer os devidos seguros, pois um imprevisto segurável pode levar embora toda ela de uma vez. Uma internação em uma UTI, algo 100% segurável, pode ser um evento assim. Seu encanamento inundar o vizinho e você não ter um seguro residencial, idem.
2. Não confundir imprevisto indesejado com imprevisto desejado. Surgiu uma oportunidade de viajar, por exemplo, ficando na casa de alguém, economizando o hotel. Imprevisto mais do que desejado. Mas e as outras despesas da viagem? Não podem sair da reserva de emergência, certo?
3. Deixar essa reserva de emergência aplicada em um investimento que seja líquido e que pelo menos reponha a perda da inflação.
Na opinião de Milagres, o produto mais adequado para o investidor deixar o dinheiro aplicado como reserva de emergência seria um fundo DI, um CDB ou o Tesouro Selic.
“Esses produtos têm como principais características o baixo risco e o acesso imediato ao recurso, caso tenha necessidade. Muitos clientes ainda deixam dinheiro aplicado na poupança simplesmente pela falta de conhecimento desses outros produtos”, alerta o assessor de investimentos.
Já a caderneta de poupança, apesar da liquidez, acaba perdendo para outros investimentos e até para a inflação desses últimos tempos.
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