A farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (08) a suspensão dos ensaios clínicos da vacina de Oxford, desenvolvida para combater o novo coronavírus. De acordo com um pronunciamento emitido pela empresa, existe a suspeita de que um dos participantes da fase final de testes no Reino Unido tenha tido uma reação adversa à imunização.

É o fim da vacina de Oxford e da AstraZeneca?

A medida, no entanto, não significa o fim da linha para a vacina de Oxford. Segundo o comunicado da AstraZeneca, a pausa é apenas uma ação de rotina, que acontece sempre que uma doença inexplicada surge. Dessa forma, os testes devem ser interrompidos para garantir a integridade dos resultados.

“Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos”, explicou a AstraZeneca. A farmacêutica também fez questão de pontuar que o caso do paciente já está sendo revisto.

Matt Hancock, secretário de Saúde do Reino Unido, afirmou nesta quarta-feira (09) que esta não foi a primeira interrupção dos testes. “É obviamente um desafio para esse ensaio clínico específico. Não é, na verdade, a primeira vez que isso aconteceu com a vacina de Oxford”, disse em entrevista à Sky News. Ele comentou ainda que a pausa não necessariamente implicaria em um atraso no processo, mas que isso que depende do que for encontrado na investigação.

Repercussão no Brasil

Representantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também garantiram que a pausa segue os protocolos de segurança estipulados para esse tipo de pesquisa. Ou seja, é uma prática comum em estudos que envolvam fármacos.

A Unifesp é uma das entidades responsáveis pelos testes da vacina de Oxford no Brasil. Até o momento, 5 mil voluntários brasileiros já foram vacinados e nenhum apresentou reação grave à imunização.

De acordo com uma nota emitida pela Unifesp, o estudo no Brasil segue como esperado e muitos participantes já receberam a segunda dose da vacina sem registro de intercorrências graves de saúde. Os testes no momento estão parados, mas devem ser retomados caso haja a confirmação de que o caso britânico não tem relação com a vacina.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina de Oxford e da AstraZeneca é a mais avançada dentre as nove que se encontram na última fase dos testes. Atualmente, existem 34 vacinas contra o novo coronavírus sendo testadas em todo o mundo.


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