O primeiro caso de reinfecção por coronavírus no Brasil foi confirmado nesta quinta-feira (10) pelo Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o caso é de uma profissional da área da saúde de 37 anos que mora em Natal (RN). Ela teve a doença pela primeira vez em julho. Depois de curada, testou positivo novamente em outubro.
Para identificar o caso, foi realizada análise pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz (RJ), que é o laboratório de referência nacional para a Covid-19 no Brasil. O sequenciamento genético confirmou que a médica foi infectada duas vezes.
Entretanto, as infecções ocorreram por duas linhagens diferentes do vírus. O intervalo entre os diagnósticos das duas infecções foi de 116 dias. Além disso, a mulher chegou a ser testada em 8 de setembro, entre as duas ocorrências. Na ocasião, ela apresentou resultado não detectável para Covid-19.
Segundo a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN), outros cinco casos de reinfecção são investigados no estado. Em nota, o Ministério da Saúde alertou que “o caso reforça a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel”.
O que é a reinfecção por coronavírus
A reinfecção acontece quando uma pessoa que contraiu o coronavírus se recupera e, após algum tempo, adoece novamente. Em todo o mundo, há dezenas de casos relatados de reinfecção.
Para ter certeza de que houve a recontaminação, é preciso identificar o código genético do primeiro vírus e compará-lo ao do segundo. O código genético é avaliado como uma “impressão digital” do vírus.
Para isso, é necessário ter acesso aos documentos dos exames feitos pelos laboratórios, que, na maioria dos casos, são descartados após algum tempo. Por isso, muitos casos suspeitos de reinfecção acabam não podendo ser investigados.
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