A prática de esportes tem se mostrado uma ferramenta poderosa. Na busca de promover mais qualidade de vida, o futebol ajuda idosos com Alzheimer a resgatar memórias. O impacto emocional causado pela paixão pelo futebol é capaz de estimular lembranças antigas, proporcionando momentos de lucidez e felicidade. Essa descoberta tem impulsionado projetos de apoio no Brasil e no mundo. Diversas iniciativas utilizam o esporte como uma maneira de reintegrar socialmente os pacientes.

Especialistas apontam que as memórias relacionadas ao futebol são preservadas por mais tempo em idosos com Alzheimer. Isso porque esse grupo envolve emoções profundas e experiências marcantes. Ao participar de atividades que relembram momentos vividos no estádio, hinos e jogadores favoritos, esses idosos conseguem, temporariamente, recuperar uma parte da sua identidade. Algo que é extremamente benéfico para sua saúde mental.

Como o futebol ajuda idosos com Alzheimer

O futebol ajuda idosos com Alzheimer a reconectar suas emoções com as memórias do passado. Segundo Carlos Chechetti, pesquisador do Grupo de Neurologia Cognitiva da USP, em entrevista ao Estadão, as memórias mais antigas e emocionais são as últimas a serem afetadas pela doença. Por isso, muitos idosos ainda conseguem recordar a escalação de seus times favoritos ou detalhes de jogos importantes. Mesmo em fases avançadas da doença, são capazes de recordar de alguns momentos de suas vidas.

Esse fenômeno ocorre porque as lembranças emocionais estão armazenadas em regiões mais protegidas do cérebro. Chechetti explica que a paixão pelo esporte, especialmente pelo futebol, atua como um “gatilho”. Esse amor pelo futebol ajuda a manter viva a conexão com o passado.

Iniciativas como o projeto "Revivendo Memórias", coordenado por Chechetti, mostram como o futebol ajuda idosos com Alzheimer a participar de atividades sociais e cognitivas. O programa organiza encontros em que idosos com a doença podem compartilhar suas paixões e memórias ligadas ao esporte. Um dos objetivos principais é combater o isolamento social, que é algo comum entre esses pacientes. Além disso, também tem foco em melhorar o humor e o comportamento, reduzindo episódios de apatia e agitação.

Esse tipo de projeto utiliza elementos como álbuns de figurinhas, hinos de times e recordações de partidas famosas para promover a reminiscência. Atividades em grupo e discussões sobre ídolos do futebol ajudam a criar um ambiente de interação saudável e estimulante.

Vista de uma mesa de pebolim. Imagem para ilustrar a matéria sobre como o  futebol ajuda idosos com Alzheimer. Crédito: The Image Party/Shutterstock

A memória emocional e o poder do esporte

O futebol ajuda idosos com Alzheimer a manterem vivas as memórias de sua juventude, mas não apenas isso. Ele também reconecta com as emoções e histórias pessoais. Essa estratégia é inspirada em projetos de sucesso no exterior. O "Football Memories Scotland", por exemplo, utiliza imagens de jogadores e partidas antigas para estimular a memória e reconectar os pacientes com suas famílias.

Em ambos os casos, o foco é trazer à tona lembranças que têm um significado emocional profundo. No Brasil, essa metodologia tem sido adaptada para incluir outras paixões além do futebol, como a música e a literatura. Porém, o esporte continua sendo uma das ferramentas mais eficazes no tratamento de idosos com Alzheimer.

Iniciativas como essas demonstram que, mesmo diante de uma doença tão desafiadora quanto o Alzheimer, o futebol pode ser um poderoso aliado.


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