Alguns dos desafios que as mulheres enfrentam ao longo da vida e da carreira incluem circunstâncias que colocam em risco o seu futuro.
O mercado de trabalho
A visão do mercado de trabalho sobre a maternidade, os cuidados integrais com familiares idosos e até a idade das mulheres pode provocar interrupções em diferentes estágios da carreira de uma mulher.
Quantas mulheres você já viu serem demitidas algum tempo após a licença-maternidade? Quantas precisaram se demitir para assumir os cuidados com pais, mães, cônjuges idosos? E quantas você soube que foram demitidas por serem consideradas velhas?
Em todos esses casos, carreiras são interrompidas e, em geral, atividades de cuidado – seja o cuidado das crianças, seja com as pessoas idosas – não são reconhecidas como experiência profissional pelos empregadores.
Logo, quando uma mulher fica afastada do mercado de trabalho por um longo período é mais difícil que ela consiga uma recolocação profissional rapidamente, prolongando o tempo de interrupção. E isso vira uma verdadeira bola de neve porque quanto maior o tempo de interrupção, menos interessante ela se torna para o mercado, ou seja, sua empregabilidade diminui.
A retomada depois dos 40 anos e a aposentadoria em risco
No meu trabalho, escuto o depoimento de muitas mulheres maduras e sei que a retomada da carreira não é nada trivial, podendo ser mais difícil ainda, se essa mulher tiver 40 anos ou mais. Neste caso, recairá sobre ela o peso da discriminação por idade.
A mulher será vista como velha e desatualizada. Seus cabelos grisalhos, que em nada influenciam sua performance, serão rejeitados. Se tiver mais de 55 anos, vai se somar a isso, a ideia de que não vale a pena treinar uma profissional que logo irá se aposentar.
E salvo exceções, ninguém vai considerar o tempo que essa mulher se afastou do mercado de trabalho como uma contribuição para a economia girar e uma característica afirmativa para sua contratação.
O paradoxo da expectativa de vida
À exceção da licença-maternidade, as atividades de cuidado de longo prazo não são remuneradas. Sem remuneração, a capacidade de poupança dessa mulher para o futuro fica comprometida. Muitas vezes, ela sequer tem condições de arcar com uma contribuição mensal ao INSS ou à previdência complementar.
Sem oportunidades de trabalho, a mulher dificilmente conseguirá cumprir o tempo de contribuição necessário para se tornar elegível à aposentadoria ou poderá obter um benefício reduzido.
Considerando que a expectativa de vida das mulheres é cerca de cinco anos maior do que a dos homens, e que provavelmente, além das múltiplas interrupções, ela também teve salários menores ao longo da carreira e, possivelmente, será viúva, talvez a única responsável pelo seu próprio sustento, essa mulher poderá ficar em sérios apuros no futuro.
Por que eu estou dizendo isso para você?
Porque eu não quero ver nenhuma mulher nesse lugar!
Mas eu não posso fazer muito, se estiver sozinha.
Eu realmente preciso que você me ajude respondendo a Pesquisa "Como as mulheres maduras estão olhando para o futuro?"
A pesquisa vai permitir entender melhor os desafios das mulheres 40+, como eles ameaçam seu futuro e de que forma elas estão lidando com isso.
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Muito obrigada por ser parte da mudança que queremos ver.