A presença de idosos no mercado de trabalho tem crescido no interior de São Paulo, mas empregos formais estão diminuindo. Segundo um levantamento da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), entre 2014 e 2023, o percentual de pessoas 60+ ocupadas passou de 5,9% para 8,3%. Apesar do aumento, a quantidade de idosos com carteira assinada caiu de 32% para 30%.

O setor de serviços é o que mais emprega idosos, representando 55,6% do total. Outros setores com participação relevante são indústria (14,5%), construção (11,2%), agricultura (11%) e comércio (10,8%). O estudo mostra que, em 2023, o número total de idosos no mercado chegou a 2,2 milhões. Esse é um aumento significativo em relação aos 1,4 milhões registrados em 2014.

Os desafios dos idosos no mercado de trabalho

O crescimento da longevidade é um dos principais fatores que explicam a maior presença de idosos no mercado de trabalho. Muitos continuam trabalhando devido à necessidade de complementar a renda familiar, segundo a economista Eliane Navarro Rosandiski, da PUC-Campinas.

Rosandiski aponta que, embora muitos idosos busquem se reinserir no mercado, enfrentam desafios como o etarismo. "As vagas diminuem, e a perda salarial decorrente da aposentadoria cria uma necessidade de renda adicional", explica.

Outro dado relevante do estudo é que 25% dos idosos que vivem no interior paulista estão ativos profissionalmente. Isso reflete tanto o aumento da expectativa de vida quanto as condições econômicas que levam muitos a buscar alternativas como o comércio e os serviços.

Um idoso trabalhando em uma loja de ferramentas. Imagem para ilustrar a matéria sobre a presença de idosos no mercado de trabalho.Crédito: Kleber Cordeiro/Shutterstock

Presença de idosos no mercado de trabalho enfrentam menos estabilidade

Embora o número de idosos empregados esteja em alta, a redução dos empregos formais demonstra a precarização das condições de trabalho para essa faixa etária. Muitos acabam em atividades informais, que oferecem menos segurança e benefícios.

Para 2035, as projeções demográficas da Seade indicam que a população com mais de 65 anos será maior do que a de menores de 15. Isso reforça a necessidade de políticas públicas que favoreçam a inserção dos idosos no mercado de trabalho e combatam o etarismo.

Um futuro de novas estratégias para idosos ativos

Com o envelhecimento da população, repensar o papel dos idosos no mercado de trabalho se torna essencial. Estratégias como qualificação profissional e combate à discriminação podem ajudar a garantir que esses trabalhadores tenham oportunidades justas e dignas. A longevidade deve ser vista como uma oportunidade, e não como um obstáculo.


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