Como lidar com a inflação e proteger o bolso em um cenário econômico como o atual? Essa resposta tem sido cada vez mais procurada por boa parte das pessoas. Isso porque a alta de preços voltou a ser um pesadelo para a economia brasileira e mundial.

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a inflação por aqui é uma das maiores do mundo. Entre os países mais ricos do globo, que fazem parte do G20, o Brasil só fica atrás de Turquia, Argentina e Rússia em termos de índice inflacionário. O País acumula uma alta de preços de 11,7% em 12 meses até maio.

“Todos estamos assustados com a alta dos preços, não só no Brasil, mas em nível mundial o quadro é o mesmo. A renda do trabalhador não cresce com a mesma velocidade. É um cenário de insegurança que nos cerca”, explica a professora e educadora financeira Marinilze Ferreira.

O Banco Central do Brasil já afirmou oficialmente que a meta de inflação para 2022 não será cumprida. A instituição explica, em seu relatório de inflação, que prevê uma alta de 8,8% nos preços para o ano de 2022. Para 2023, a expectativa é de 4%. E de 2,7% para 2024. 

A expectativa de queda da inflação nos próximos anos se deve à política de alta na taxa de juros aplicada atualmente (a Selic está hoje em 13,25%). Isso porque, normalmente, pode demorar até mais de um ano para a ação surtir efeito.

É preciso saber lidar com a inflação para o dinheiro não perder valor

Crédito: Maxx-Studio/shutterstock

Planejamento é necessário para lidar com a inflação

Em um cenário de alta de preços, o planejamento financeiro acaba sendo ainda mais essencial para quem precisa lidar com a inflação. Isso significa que é necessário entender os gastos e receitas da família para poder cortar o que não é prioridade, estabelecer metas, comprar com mais cuidado e pesquisar preços. 

“O planejamento financeiro sempre foi muito importante dentro do orçamento familiar. O que ocorre é que a população brasileira não tem uma cultura de realizar esse orçamento. E nos tempos difíceis que estamos vivendo, o orçamento familiar e o planejamento financeiro se tornam ainda mais importantes devido à escassez de recursos e de renda, além do desemprego.”, explica o educador financeiro Célio Alves Brasil.

A educadora Marinilze Ferreira concorda. “Com a realidade que estamos enfrentando, é necessário planejar os nossos gastos, as nossas compras. É preciso analisar muito bem aquilo que estamos interessados em adquirir e estudar se este é realmente o momento certo. Assim, fazemos uma escolha segura que não provocará transtornos. Não podemos nos aventurar em compromissos financeiros de longo prazo no momento em que o mercado encontra-se economicamente tão incerto.”, explica.

Cortar supérfluos, pesquisar preços e buscar renda extra

No cenário atual, se é complicado pagar as contas ou ver o dinheiro sobrar, o primeiro ponto para lidar com a inflação é cortar gastos e reduzir o desperdício. Você pode estar pagando uma assinatura de algo que quase não usa. Também pode estar gastando muito mais que o necessário com a conta de celular. Ou, ainda, deixando o dinheiro ir embora com aplicativos de delivery. É preciso muita atenção agora! 

Pesquisar preços também é fundamental. “É importante que dediquemos tempo para pesquisar os preços que estão sendo aplicados nos produtos que queremos adquirir. Seja através de aplicativos, visitando as lojas físicas, conversando com outras pessoas, não importa. Conhecer os locais que oferecem preços melhores é muito útil, pois assim podemos economizar nas compras”, sugere Marinilze.

Se mesmo com planejamento, corte de gastos e pesquisas o dinheiro ainda não for suficiente, aumentar a receita e buscar renda extra pode ser necessário.“. Se a situação ainda não tiver perspectiva de melhora, é possível oferecer um serviço ou um produto que seja útil para alguém, recebendo em troca um valor pelo trabalho realizado. Buscar novas formas de aumentar a renda é uma boa estratégia para nos dar um pouco de fôlego nesses tempos tão difíceis.”, diz a educadora.

Educação é peça-chave para o longo prazo

Para Célio Alves Brasil, investir em educação é a alternativa para lidar com um cenário de inflação alta como o atual. “Aqui no Brasil é um processo longo porque não se investe em educação. É preciso cortar gastos e pesquisar mais, mas o ideal é investir em educação, pois se o indivíduo tiver opções de enriquecer seu currículo e encontrar trabalhos que necessitam de conhecimento técnico, isso vai acabar agregando maior renda no orçamento familiar.”, diz.

Ele explica que em muitas áreas há vagas em aberto, que precisam de trabalhadores qualificados. “Existem vagas na indústria, em TI, em muitas áreas. Há cargos em que falta mão de obra qualificada. E sem investimento em educação é pouco provável que o cenário mude em médio prazo. O assistencialismo de forma permanente e sem investimento em educação é ruim para a sociedade.” 

Ações para inserir no dia a dia:

  1. Conheça seus gastos, substitua ou corte o que for supérfluo ou desnecessário. Também fique atento a desperdícios.

  2. Para lidar com a inflação, compare preços o tempo todo. Vale checar sites, lojas, atacadões.

  3. Vá atrás de renda extra.

  4. Proteja seus investimentos. A inflação corrói o poder de compra, por isso é importante deixar o dinheiro rendendo para que não perca valor.

  5. Invista em educação financeira e melhore o currículo para conseguir melhores oportunidades. 


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