Quem está endividado terá a partir da próxima segunda, dia 17, uma ajuda para renegociar as dívidas. Trata-se do programa Desenrola, do governo Federal. O programa “Desenrola Brasil’ foi criado para promover um mutirão de renegociação de dívidas. O objetivo é tirar pessoas da lista de negativados para que possam voltar a consumir.

O foco do governo são os devedores com renda bruta de até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico). E, nesta primeira fase, a renegociação vai valer somente para a faixa 2 do programa. Ou seja, para pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. Quem tem dívidas de até R$ 100 também deve ter o nome limpo pelos bancos.

 Foto: Sfio Oracho/Shutterstock

O que você precisa saber sobre a faixa 2 do Desenrola

A faixa 2 do programa tem como objetivo renegociar as dívidas de pessoas físicas com dívidas financeiras negativadas até 31 de dezembro de 2022 e renda de até R$ 20 mil. É ela que começa a vigora agora segundo explicamos.

Não haverá garantia do governo para as renegociações deste grupo, diferente do que vai acontecer com a faixa 1. Neste caso, os bancos vão oferecer condições de renegociação diretamente aos clientes e receberão apenas um incentivo para ampliar a oferta de crédito.

Cerca de 30 milhões de pessoas devem ser beneficiadas e não é necessário inscrição em canais digitais do governo para ser atendido.

E a faixa 1?

A faixa 1 do Desenrola tem como foco a população com renda de até dois salários mínimos ou que esteja inscrita no CadÚnico. Ela deve começar a funcionar em setembro. Serão renegociadas dívidas financeiras e não financeiras de até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

Neste caso, para participar, as instituições financeiras precisarão se habilitar na plataforma digital do programa para começar as renegociações.  A expectativa é que, em agosto, o governo realize um leilão para definir quais credores serão contemplados. Devem ter vantagem os que oferecerem maiores descontos.

Vale lembrar que 66,3% das dívidas negativadas do país não é com bancos, mas com varejistas e companhias de água, gás e telefonia. Por essa rezão, os leilões devem ser realizados por setores.


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