A maior parte dos endividados no Brasil são mulheres. De acordo com a Paschoalotto, empresa especializada em cobrança de dívidas, elas correspondem a 70% do total de quem tem dívidas no País. 

Além disso, 68% dos endividados por aqui têm entre 25 e 51 anos. A maior parte das dívidas estão no cartão de crédito e em financiamentos. O levantamento considera mais de 5,5 milhões de endividados no Brasil que aparecem mensalmente no sistema da empresa. De acordo com a Paschoalotto, são as famílias com renda mensal de até dez salários mínimos as mais endividadas: 76% do total.

De acordo com informações do economista-chefe da empresa, Reinaldo Cafeo, ao Estadão, aumentou o número de mulheres que são chefes de família. Em muitos casos, a renda é insuficiente para pagar todos os gastos. Isso traz a necessidade de escolher por prioridade as contas que devem ser pagas e as que devem ser adiadas. Cafeo também citou a inflação, a alta dos juros e a falta de educação financeira como motivos para o grande número de endividados no Brasil. 

endividados no Brasil têm comportamentos diferentes

Foto: antstang/shutterstock

Endividados no Brasil olham dívidas de forma diferente

De acordo com o estudo Consumer Pulse Study, da TransUnion, referente ao segundo trimestre de 2022, 79% das pessoas apontam estar muito ou extremamente preocupadas com a inflação nos últimos três meses. E 86% dos consumidores indicaram a necessidade de realizar mudanças nos gastos por conta disso.

“A preocupação do brasileiro com a inflação reflete imediatamente na vida financeira da população. Desde o início de 2022 essa foi a principal queixa em relação às finanças. É difícil se planejar quando não se sabe qual será a taxa de inflação dos próximos dias. Os números mostram o quanto os brasileiros estão apreensivos em como irão pagar suas contas. Consequentemente, mais de 40% indicam que não irão pagar alguns de seus boletos nos próximos meses. Neste momento, empresas de crédito têm a oportunidade de oferecer novos recursos, adaptando seus serviços para a recuperação financeira estável da população”, explica Claudio Pasqualin, Vice-Presidente de Soluções da TransUnion Brasil.  

De acordo com o levantamento da Paschoalotto existem comportamentos diferentes entre os endividados no Brasil. Parte deles não se importa muito em estar devendo e segue da mesma forma. Outros chegam a vender bens para não ficar com o nome sujo. “Há aqueles que, ainda tendo crédito na praça, trocam de modalidade de crédito. Eles buscam dinheiro no crédito consignado, penhor de joias. E depois de esgotar o crédito nas instituições bancárias, se valem de financeiras. Este perfil, muito por falta de educação financeira, acerta as dívidas, mas volta a ficar inadimplente em pouco tempo”, contou Cafeo para o Estadão.


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