Os preços de produtos consumidos por idosos acumularam alta de 6,2% nos últimos 12 meses. Conforme o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), no primeiro trimestre deste ano os preços subiram 1,54%. Os
O IPC-3i é calculado a partir da evolução média dos preços de produtos consumidos por idosos em sete cidades. São elas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. Segundo a FGV, “além de medir a evolução do custo de vida para indivíduos com mais de 60 anos de idade, o IPC-3i serve de referência para a execução de políticas públicas nas áreas de saúde e previdência”.
Com o resultado do primeiro trimestre, a variação dos preços para os idosos ficou levemente acima dos preços de produtos em geral. Trata-se do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR), que foi medido em 6,1%. Este, calcula a variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com nível de renda situado entre um e 33 salários mínimos mensais.
Inflação aumentou em produtos consumidos por idosos, diz FGV
O que aumentou e o que caiu na balança da inflação
Conforme a FGV, quatro das oito categorias de despesas avaliadas pelo IPC-3i tiveram preços menores no comparativo entre o quatro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021. A principal queda foi registrada no grupo habitação, que saiu de alta de 3,40% para queda de -0,37%. Nesse grupo, a maior variação foi na tarifa de eletricidade residencial (-6,44%)
Por outro lado, outros quatro grupos tiveram aumento nos preços: transportes (7,16%), saúde e cuidados pessoais (1,24%), despesas diversas (0,88%) e vestuário (0,63%). O maior aumento foi nos combustíveis etanol (24,98%) e gasolina (21,84%), seguidos pelo gás de bujão (8,66%).
Pesquisas mostram queda na renda e aumentos nos gastos
A alta na inflação significa queda no poder de compra pelo consumidor. O aumento pode ser visto, por exemplo, na compra da cesta básica. Conforma o Dieese, em março de 2020, o trabalhador que ganha um salário mínimo precisaria trabalhar 109 horas e 11 minutos para conseguir comprar uma cesta básica. Em março de 2021, esse mesmo trabalhador teria que trabalhar 125 horas e 12 minutos para comprar a cesta básica.
Já uma pesquisa feita pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP abordou quais as expectativas dos entrevistados quanto ao seu futuro econômico e ao da economia brasileira e mundial.
A pesquisa foi respondida por 5.007 pessoas. Destas,, 86,88% (4.350), afirmaram que os gastos habituais tiveram aumento durante a pandemia. Para 71,47% (3.109), o aumento foi em decorrência de gastos com alimentação.
Em paralelo, a pesquisa mostrou que, além de aumentar os gastos, os brasileiros também estão reduzindo a renda. Dentre os entrevistados, 69,76% (3.493) afirmaram que sua renda individual diminuiu, para 23,93% (1.198,) permaneceu inalterada e somente para 6,31% (316), houve aumento.
Longevidade financeira
Em
Gondim explica que há produtos que influenciam mais na alta da inflação. É o caso de alimentos, combustíveis e energia elétrica. “Quando esses produtos aumentam, impactam em toda a cadeia produtiva”, diz.
Estar atento aos índices de preços e números da economia é importante para o planejamento financeiro. Entender os fluxos dos preços permite equilibrar o seu orçamento tendo uma perspectiva clara do cenário atual combinada com o cenário que você precisa e deseja ter para a realização dos seus sonhos.
Para o especialista, para manter a cabeça tranquila e as finanças em dia diante de um cenário de inflação, o consumidor precisa:
- Ter um orçamento familiar como ferramenta de controle financeiro
- Enxugar as contas, eliminando gastos não essenciais
- Pesquisar e pechinchar
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