O marco de 35 anos do SUS representa mais que uma data comemorativa. Ele simboliza a consolidação de um direito fundamental no Brasil. Desde sua criação, o Sistema Único de Saúde transformou a realidade do acesso ao cuidado médico, prevenindo doenças e salvando vidas. Hoje, 76% da população dependem diretamente desse serviço.
O SUS surgiu após a 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. Ganhou força na Constituição de 1988, que definiu saúde como direito de todos e dever do Estado. Em 1990, a Lei nº 8.080 regulamentou o sistema.
Antes da criação, o atendimento gratuito era restrito a trabalhadores formais. Apenas 30 milhões de pessoas tinham cobertura. A maioria dependia de serviços filantrópicos ou pagamento direto. Hoje, 213 milhões de brasileiros podem acessar cuidados médicos. São 2,8 bilhões de atendimentos por ano, realizados por cerca de 3,5 milhões de profissionais.
35 anos do SUS: marcos históricos e programas que mudaram vidas
Ao longo das décadas, o SUS consolidou conquistas. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é exemplo. Atualmente, oferece 48 imunobiológicos, incluindo 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. Entre os resultados estão a erradicação da poliomielite e a recertificação como país livre do sarampo.
A rede pública também foi pioneira na vacinação contra a dengue, o que é mais um motivo para comemorar os 35 anos do SUS. Outros programas marcaram a trajetória, como o SAMU 192 (2003), o Brasil Sorridente (2004), a Farmácia Popular (2004), a Rede Cegonha - atual Rede Alyne (2011), o Mais Médicos (2013) e o Agora Tem Especialistas (2025).
O fortalecimento da indústria nacional é outra frente recente. A meta do governo é que, em até dez anos, 70% das necessidades de medicamentos, vacinas e equipamentos sejam produzidas no Brasil.
Os novos desafios do Sistema Único de Saúde
Entre os desafios dos 35 anos do SUS está a espera por consultas e exames. Para enfrentar o problema, o programa Agora Tem Especialistas prioriza áreas estratégicas como oncologia, cardiologia, ginecologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A telessaúde tem papel decisivo nesse avanço. Em 2024, foram 2,5 milhões de atendimentos remotos. A expectativa é reduzir em até 30% o tempo de espera por consultas especializadas.
O Novo PAC Saúde reforça investimentos com novas Unidades Básicas de Saúde, salas de teleconsulta, maternidades, policlínicas e ambulâncias do SAMU. A meta é universalizar o serviço de emergência até 2026. Pela primeira vez, o atendimento 24 horas também está disponível em territórios indígenas, com profissionais bilíngues.
Crédito: Joa Souza/Shutterstock
A presença invisível e constante do SUS
O impacto dos 35 anos do SUS não se limita às consultas. Ele está no copo de água potável, no alimento fiscalizado, na ambulância que chega em minutos e no controle de epidemias. Está nos transplantes, nas campanhas de vacinação e na prevenção.
Mais de 44 mil Unidades Básicas de Saúde e 50 mil equipes da Estratégia Saúde da Família atuam diariamente nos municípios. São médicos, enfermeiros e agentes comunitários que acompanham famílias e garantem cuidado integral.
O fortalecimento da Medicina de Família e Comunidade é apontado como prioridade para o futuro. Essa prática já mostrou eficiência em países como Canadá, Holanda e Reino Unido. No Brasil, pode ampliar a cobertura, reduzir custos e melhorar a qualidade de vida.
A Organização Pan-Americana da Saúde confirma a importância da atenção primária. O investimento nesse modelo aumenta a eficiência do sistema e reduz gastos. O acompanhamento ao longo da vida, feito por profissionais de referência, melhora diagnósticos e previne doenças crônicas.
Os 35 anos do SUS mostram que o sistema é robusto, funcional e essencial para a população, mesmo que precise de melhorias. Com novas políticas públicas e programas em andamento, continua sendo um patrimônio do povo brasileiro.
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