Apaixonada por tecnologia, a publicitária Karina Martins, 29 anos, queria ensinar o pai, José de Matos, 66 anos, professor de artes aposentado, a utilizar as mídias sociais. Começaram pelo Instagram, e as fotos de Peruíbe (cidade litorânea de São Paulo) fizeram tanto sucesso entre os amigos que eles decidiram expandir para o Facebook.
Com as mídias sociais atraindo cada vez mais seguidores, surgiu uma nova necessidade, a criação de um site. “Em seis meses, o Soul Peruíbe engaja 50 mil moradores e turistas [dados de janeiro], que estão sempre ávidos por novos conteúdos e dicas sobre a cidade”, que são postados diariamente, diz Karina.
“Soul, em inglês, significa alma, e este é o principal objetivo do projeto, mostrar a alma de Peruíbe por meio de conteúdos e fotografias, sempre revelando todo o potencial da cidade e valorizando tudo de bom que ela oferece”, completa Zé de Matos, como é conhecido na cidade.
“A tecnologia realmente aproxima as pessoas”, afirma, convicto. “Voltei a interagir com ex-alunos e colegas antigos de trabalho, além da possibilidade de sempre conhecer pessoas novas. O Soul Peruíbe me trouxe uma nova energia e motivação. Gosto muito de pegar minha câmera e sair pela cidade fazendo fotos para postar nas redes sociais.”
“Tenho amigos que até brincam que ele está melhor que muito social media de agências por aí”
Ele conta que Karina o “ensinou a fazer tudo nas mídias sociais, desde uma postagem até as interações, anúncios, usar plataforma de agendamento e muito mais”. Mas, no site, é ela quem faz as postagens. “Ainda não chegamos nessa aula familiar”, diz, rindo. “Ela quer me ensinar, mas, até lá, minha contribuição é com as fotos, além de pautas e alguns conteúdos.”
O fomento da cultura caiçara é uma das missões do projeto voluntário, assim como o resgate da autoestima do peruibense. “Na verdade, quando escolhemos nosso nome, foi baseado na ideia de ter duplo sentido, pois sua tradução em inglês remete à alma, mas sua pronúncia tem muito a ver com a questão de valorização, de dizer que você é de Peruíbe.”
Recentemente, explica Karina, foi criada no site a editoria indígena, “em que os conteúdos serão escritos pela própria comunidade, para que as pessoas possam falar mais sobre cultura, lendas, crenças e iniciativas”. “E lançaremos projetos com temas voltados ao turismo sustentável, com o objetivo de atrairmos um bem para a cidade e estarmos alinhados com o tema mundial das Nações Unidas”, adianta.
Um ano depois da primeira postagem no Instagram, pai e filha comemoram a chegada dos dois primeiros anunciantes _ uma imobiliária de Peruíbe e uma gráfica de São Paulo.
“Quando eu conto para os meus amigos sobre o Soul Peruíbe, que é um projeto meu com meu pai e é ele quem faz as fotos e postagens nas redes sociais, o pessoal nem acredita. Tenho amigos que até brincam que ele está melhor que muito social media de agências por aí. Outros amigos profissionais de marketing sempre elogiam o projeto e acham incrível a forma com que meu pai consegue atrair engajamento nas mídias sociais.”
“O mais legal disso tudo é que já éramos próximos, mas, com o projeto, ficamos ainda mais. Agora temos mais um ponto em comum. Conversamos diariamente sobre as ideias e as ações, e está sendo muito bacana fazer algo assim com meu pai”, finaliza.
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