O Brasil vem testemunhando um aumento expressivo de iniciativas para promover longevidade. Ao todo, 403 projetos de inovação social foram identificados em um recente mapeamento. Esses esforços, organizados em 30 frentes de ação, abrangem todas as regiões do país, conforme revelado em um estudo divulgado no evento Longevidade Expo+Fórum.

O levantamento, conduzido pelo Lab Nova Longevidade, Ashoka, Instituto Beja e Itaú Viver Mais, destaca como diferentes setores estão mobilizados para enfrentar os desafios e explorar as oportunidades relacionadas ao envelhecimento da população.

Durante a pesquisa, iniciativas do Governo, privadas, organizações da sociedade civil, academia, startups e produtores de conteúdo e mídia foram analisadas. Com isso, foi possível identificar a mobilização em diferentes setores da sociedade.

Com uma parcela crescente da população acima dos 65 anos, que atualmente corresponde a 10,9% do total, o Brasil precisa se adaptar rapidamente. Esse contexto, somado às mudanças tecnológicas, redefine a forma como as pessoas idosas interagem com a sociedade. Além de mudar a maneira como acessam serviços, o que torna iniciativas para promover longevidade ainda mais essenciais.

De acordo com Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, em entrevista à CNN, “falar sobre longevidade é considerar o futuro. O Brasil vive um cenário de envelhecimento progressivo da população e, mais do que abordar o assunto de forma pontual, queremos realizar um trabalho perene que ajude o país a construir políticas públicas de valorização das pessoas 50+ por meio da articulação de conversas relevantes com autoridades públicas, pesquisadores, acadêmicos, profissionais e outros agentes que podem influenciar essa cadeia, além das próprias pessoas idosas”.

Iniciativas para promover longevidade também enfrentam desafios

Entre as iniciativas mapeadas, 62% estão concentradas no Sudeste, com destaque para São Paulo. Sendo assim, a distribuição identificada é da seguinte forma:

  • Região Sudeste: 62% das iniciativas.

  • Região Nordeste: 19% das iniciativas.

  • Região Sul: 11% das iniciativas.

  • Região Centro-oeste: 5% das iniciativas.

  • Região Norte: 3% das iniciativas.

Concentração de respondentes por estado:

  • São Paulo: 42,2%.

  • Rio de Janeiro: 10,2%.

  • Minas Gerais: 9,7%.

  • Pernambuco: 7,2%.

  • Rio Grande do Sul: 5,2%.

  • Bahia: 5,0%.

Um senhor idoso mexendo no celular. Imagem para ilustrar a matéria sobre iniciativas para promover longevidade. Crédito: astarot/Shutterstock

Entre as iniciativas, a maioria acredita estar gerando impacto social significativo e atuando em áreas prioritárias para a promoção da longevidade. Segundo o estudo:

  • 98,5% das iniciativas acreditam causar impacto social

  • 62,3% possuem 5 anos ou mais de atuação.

  • 48,1% impactavam mais de mil pessoas.

Os temas mais relevantes incluem:

  • Envelhecimento saudável (82%)

  • Novas narrativas para longevidade (70%)

  • Diversidade e inclusão (66%).

Já temas como educação financeira (24%), qualificação profissional (21%) e educação midiática (17%) foram considerados de menor relevância.

Por outro lado, os desafios persistem. A baixa inclusão digital e o alto índice de analfabetismo entre idosos são barreiras importantes que limitam o acesso à informação e a serviços essenciais. A falta de educação financeira e de qualificação profissional também são temas que precisam de mais atenção para que essa faixa etária possa participar ativamente da sociedade.

O relatório do mapeamento destaca barreiras como a educação, apontada como um dos principais obstáculos para uma sociedade mais inclusiva para todas as idades. Também foi analisado o impacto do etarismo (preconceito contra idade), presente em manifestações culturais, institucionais e interpessoais.

O etarismo afeta a economia, ao excluir pessoas idosas do mercado de trabalho, e a política, ao afastar cidadãos e representantes do tema do envelhecimento. O autoetarismo também foi identificado como um fator que limita o aprendizado e a participação.

Uso de tecnologia e inovação

A inovação tecnológica também tem desempenhado um papel fundamental nas iniciativas para promover longevidade. Um exemplo é o “Cérebro Nova Longevidade”, uma inteligência artificial criada para analisar dados e auxiliar inovadores sociais.

A tecnologia, treinada pelo time de Nova Longevidade da Ashoka, permite transformar o conhecimento acumulado em ações eficazes. Isso facilita o desenvolvimento de soluções para os problemas enfrentados pelas pessoas idosas. Ferramentas de escuta ativa, como análise de demandas via WhatsApp, complementam essa abordagem inovadora, ampliando o alcance das ações.

O envelhecimento acelerado da população brasileira, combinado com a crescente importância da tecnologia, exige que as iniciativas para promover longevidade continuem a se expandir e se adaptar às novas realidades. O mapeamento realizado não apenas oferece um panorama dessas iniciativas, mas também abre caminho para novas discussões sobre políticas públicas e o futuro das pessoas 50+ no Brasil.


Uma iniciativa que a colobora para a promoção da longevidade no país é o Programa ViverMais. O projeto, do Instituto de Longevidade MAG, oferece uma série de benefícios com valores acessíveis. Tenha acesso a consultas médicas online 24h, segunda opinião médica, descontos em medicamentos, assistência funerária, seguro de vida, cursos de requalificação e suporte tecnológico, além de orientações veterinárias e assistência residencial 24h. O programa visa garantir proteção financeira e bem-estar, atendendo a diversas necessidades essenciais.

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