Pesquisadores suecos identificaram que alimentos que aumentam risco de demência estão diretamente associados a uma má alimentação. Ou seja, a dietas com alto consumo de carne vermelha, bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados. O estudo, divulgado na revista científica Nature Aging, acompanhou mais de 5,7 mil pessoas ao longo de 15 anos. Com isso, foi revelada uma forte relação entre a alimentação e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como demência, Alzheimer e Parkinson.
Segundo os cientistas, os resultados reforçam a importância da nutrição na prevenção de distúrbios mentais e físicos. Distúrbios esses que se tornam ainda mais comuns com o envelhecimento. “Nossos resultados mostram o quanto a dieta pode influenciar o desenvolvimento de fatores de risco em populações que envelhecem”, afirmou ao Daily Mail o pesquisador Adrián Carballo–Casla, do Centro de Pesquisa em Envelhecimento do Instituto Karolinska, na Suécia.
Estudo observou hábitos alimentares por 15 anos
A pesquisa não impôs dietas específicas aos participantes. Em vez disso, os cientistas acompanharam as rotinas alimentares habituais e classificaram-nas conforme sua proximidade com padrões reconhecidamente saudáveis. A maioria dos voluntários era composta por mulheres na faixa dos 70 anos. O acompanhamento se estendeu por década e meia.
Os resultados mostraram que pessoas com alimentação baseada em vegetais, frutas, peixes e gorduras boas apresentaram melhor desempenho cognitivo. Além disso, também apresentam menores índices de doenças crônicas. Já aquelas que consumiam frequentemente alimentos que aumentam risco de demência, como carnes processadas e produtos ricos em açúcar, registraram um número maior de transtornos mentais e físicos.
Crédito: Tint Media/Shutterstock
Alimentos que aumentam risco de demência segundo os pesquisadores
Entre os itens que mais contribuíram para o aumento do risco de demência e Alzheimer, o estudo destacou:
- Carne vermelha e carnes processadas;
- Refrigerantes e bebidas açucaradas;
- Alimentos ultraprocessados;
- Produtos industrializados ricos em sódio e gorduras saturadas.
Em contrapartida, dietas inspiradas no padrão mediterrâneo (ricas em peixes, azeite, nozes e vegetais) mostraram efeitos protetores contra doenças cardiovasculares e neurológicas.
Relação entre dieta e múltiplas doenças
O estudo também investigou o impacto da alimentação na chamada “multimorbidade”. O termo se refere ao número de doenças crônicas presentes em uma mesma pessoa. Segundo os autores, quem seguia dietas equilibradas apresentou, em média, duas a três doenças crônicas a menos em comparação a quem mantinha hábitos alimentares de baixa qualidade.
Os pesquisadores observaram uma ligação clara entre a má alimentação e o acúmulo de doenças cardiovasculares e neuropsiquiátricas, incluindo demência, depressão e Parkinson. No entanto, não foi encontrada associação significativa com condições musculoesqueléticas, como artrite ou osteoporose.
De acordo com o grupo do Instituto Karolinska, as conclusões reforçam que a qualidade da dieta é um dos principais fatores modificáveis na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento cerebral e físico.
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