Se você está querendo emagrecer, com certeza já pensou na possibilidade de tomar algum tipo de shake ou chá para ajudar no processo. Afinal, esses produtos são constantemente vendidos junto com a promessa de uma perda de peso rápida e fácil, pois podem substituir refeições completas oferecendo uma menor quantidade de calorias e deixando uma maior sensação de saciedade.

No entanto, é preciso tomar muito cuidado com o consumo inadequado desses alimentos. Não é mentira dizer que o shake ou o chá para emagrecer realmente funcionam, mas só quando usados corretamente e com a ajuda de um profissional.


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De acordo com a nutricionista funcional e integrativa Luanna Caramalac Munaro, existem riscos se uma pessoa decidir consumir produtos para emagrecer por conta própria, sem orientação nutricional. Um dos principais perigos é a desnutrição. 

“Dependendo de como a pessoa faz uso dos shakes e chás, pode acabar tendo uma falta de nutrientes, vitaminas e minerais”, explica a nutricionista. “Por isso, tudo deve ser avaliado, lembrando que cada caso é um caso e cada estratégia deve ser indicada por um profissional”.

Cuidados no consumo de shake e chá para emagrecer

Para Luanna, o que realmente faz emagrecer é o contexto geral. Ou seja, um conjunto de fatores que ajudam na hora de perder peso, como uma alimentação saudável e equilibrada e a prática de exercícios físicos. “Nenhum alimento isolado tem a capacidade de fazer o organismo oxidar gordura”, afirma.

Por isso, o shake ou o chá, sozinhos, não vão garantir o emagrecimento. O mais indicado é buscar estratégias para incorporar esses produtos a refeições balanceadas, levando sempre em consideração as necessidades de cada um. “Quando temos uma alimentação bem ajustada, de acordo com as individualidades de cada um, conseguimos fazer combinações com outros produtos para ajudar na queima de gordura”, conta a nutricionista. 

O shake aliado a uma fruta, por exemplo, pode ajudar a construir uma refeição mais nutritiva e equilibrada. Fontes de gordura boa, como oleaginosas (amêndoas, macadâmias, nozes, pistaches e castanhas), abacate, linhaça, azeite, chia e chocolate amargo, também são excelentes complementos e podem auxiliar na perda de peso. Outros dois elementos bastante utilizados e que fazem bem para o organismo são a água de coco e o whey (sempre de boa qualidade).

A periodicidade também depende de cada caso. Além de considerar o peso real e o desejado por cada indivíduo, é preciso ter em mente as rotinas do dia a dia (como trabalho, estudo, atividades físicas e compromissos sociais), as preferências alimentares e as necessidades exigidas pelo corpo. Para Luanna, é preciso avaliar cada situação individualmente.

“Temos sempre que lembrar que é o contexto geral que vai fazer com que essa pessoa consiga atingir o objetivo dela, ou seja, o emagrecimento. Não é o shake ou o chá sozinhos que vão fazer isso”, reforça Luanna.

Nem todos os tipos de shake são indicados

Outro ponto de atenção é a qualidade dos shakes. Existem muitos comercializados no mercado que podem fazer mal ao organismo. “Tem muito tipo de shake por aí e alguns são à base de gordura trans e açúcares, então são inflamatórios e completamente maléficos para o nosso organismo”, explica a nutricionista.

A gordura trans é responsável por aumentar os níveis de colesterol LDL (pode entupir os vasos e ocasionar um infarto ou um acidente vascular cerebral) e abaixar os de HDL (impede o acúmulo de colesterol nas artérias). Por isso, sua adição à alimentação não é recomendada pelos nutricionistas, pois pode provocar o efeito contrário ao esperado.

O mais indicado é sempre se consultar com um especialista, que saberá indicar o tipo e a quantidade ideal de shake a ser ingerido. “É importante sempre ter o acompanhamento de um profissional. Assim a pessoa evita o risco de ficar desnutrida”, diz Luanna.

Qual o segredo para quem quer emagrecer?

Para a especialista, o primeiro passo para quem deseja emagrecer é procurar ajuda nutricional e entender o que está acontecendo em seu organismo. As emoções são valiosas nesse processo, já que elas podem provocar o aumento no consumo de alimentos. “É importante entender se você está com ansiedade”, explica. “Se um sentimento de tristeza ou uma situação de estresse pela qual esteja passando influenciam você a comer mais”.

Várias coisas podem estar acontecendo em seu organismo e ajudando no ganho de peso. Por isso, o recomendável é checar se estão faltando vitaminas ou minerais, se o intestino está bem e se o fígado está metabolizando. Ou seja, fazer uma avaliação completa para saber se você está realmente saudável. “Então é ficar saudável para emagrecer, e não emagrecer para ficar saudável”, finaliza Luanna.

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