Ela é rica em vitaminas B e E, em ácido fólico (B1, B2, B12), polifenóis, além de minerais como selênio, fósforo, zinco e cobre, e mais de 200 componentes considerados grandes aliados da saúde e da vitalidade do corpo. Ao contrário do que você pensa, não se trata de uma verdura, legume ou de algum suplemento alimentar. Para a felicidade de milhares de brasileiros, estamos falando da cerveja.
Uma das primeiras bebidas alcoólicas inventadas pelo ser humano, datada de aproximadamente 6.000 a.C., a “loira gelada” é hoje a terceira bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água e para o café. Já entre as bebidas alcoólicas, ela ocupa o primeiro lugar.
Um estudo realizado recentemente na Universidade de Valência, na Espanha, descobriu que a cerveja é mais eficaz contra rugas do que cremes. De acordo com a Dra. Pilar Codoñer Franch, do Departamento de Pediatria, Obstetrícia e Ginecologia da Universidade e responsável pela pesquisa, a cerveja é rica em antioxidantes que atuam no combate aos radicais livres (moléculas que provocam envelhecimento celular, deteriorização e, em alguns casos, adoecimento do nosso corpo), mantendo a pele livre de rugas e com grande vitalidade.
O processo de oxidação
Sabe-se que, em nosso organismo, há um equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes e que o mesmo tende a desaparecer com o passar dos anos, beneficiando os oxidantes. A pele é, provavelmente, o órgão que mais sofre com o processo de oxidação no organismo, que ataca as células e destrói alguns componentes vitais, como o colágeno e a elastina. Dessa reação, nascem os radicais livres, que aceleram o processo de envelhecimento e provocam a perda do brilho e do viço da pele, diminuem da elasticidade e enfraquecem os tecidos musculares.
Dra. Pilar explica que os antioxidantes da presentes na cerveja interagem com proteínas e açúcares responsáveis pelo aparecimento de compostos que induzem à formação de radicais livres.
Mas cuidado: tudo em excesso faz mal e com a cerveja não seria diferente. O consumo excessivo de álcool pode trazer danos irreversíveis ao corpo humano. Por isso, especialistas consideram recomendável o limite diário de 350 ml para mulheres e 700 ml para homens.
Vale também ressaltar que a quantidade de antioxidantes varia de acordo com o tipo da cerveja e seu processo de fabricação.
Especialistas consideram recomendável o limite diário de 350 ml para mulheres e 700 ml para homens. Créditos: David Prahl / shutterstock
Conheça outros 5 benefícios do consumo “moderado” de cerveja
- Diabetes
O consumo leve a moderado de cerveja pode potencializar a sensibilidade à insulina, o que auxilia na prevenção do diabetes. A bebida também é uma excelente fonte de fibras solúveis, favorecendo uma dieta saudável que influenciará no controle dos níveis de açúcar no sangue.
- Doença de Alzheimer
Pesquisadores espanhóis da Universidade de Alcala descobriram, em 2007, que o consumo de duas porções de cerveja por dia ajuda na prevenção da doença de Alzheimer. De acordo com o estudo, o teor de silício contido na cerveja auxilia na proteção do cérebro contra os malefícios causados pelo alumínio no organismo, tido como uma das causas de ocorrência da doença.
- Câncer
O Xanthohumol, antioxidante presente na cerveja, é muito conhecido por suas propriedades anticancerígenas, que auxiliam na proteção do organismo contra células cancerosas. Contudo, vale lembrar que o consumo exagerado de cerveja pode provocar inúmeras doença, entre elas, o câncer de estômago, de fígado e de esôfago.
- Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Cientistas da American Stroke Association descobriram que beber cerveja de forma moderada previne a formação de coágulos nas artérias, diminuindo em até 50% os riscos do acontecimento de derrames.
- Osteoporose
Um estudo do Kings College, em Londres, comprovou que o silício presente na cerveja também ajuda a melhorar a densidade óssea. Os pesquisadores da Universidade da Califórnia concordam, e acrescentam que essa substância é mais abundante em cervejas dos tipos ale e lagers. O mesmo não acontece com as cervejas escuras, já que o processo de torrefação pelo qual são submetidas compromete a concentração do silício.