O plano de vacinação da Covid-19 no Brasil deverá ser dividido em quatro etapas e os idosos serão contemplados nas duas primeiras. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde. O órgão ressaltou que o plano ainda pode sofrer alterações. Isso irá depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e da situação epidemiológica de cada região do país.
A proposta prevê que a primeira fase de vacinação dará prioridade a pessoas com mais de 75 anos ou idosos acima de 60 anos que residam em instituições de longa permanência, como asilos. Também serão vacinados na primeira etapa os trabalhadores da saúde e povos indígenas.
Na segunda fase do plano de vacinação serão contemplados os idosos entre 60 e 74 anos. Depois, na terceira etapa, serão vacinadas pessoas com comorbidades. Ou seja, pessoas com condições que podem agravar a infecção da Covid-19. É o caso de diabéticos, obesos, pessoas com problemas cardíacos e doenças renais.
Já a quarta fase da vacinação será para professores, trabalhadores das forças e segurança e do sistema prisional, além dos presos. No total das quatro fases, o Ministério da Saúde prevê vacinar, em 2021, 109,5 milhões de pessoas, com duas doses da vacina cada.
O órgão não detalhou quanto tempo deve durar cada fase do plano de vacinação. Também não há informações sobre quando o restante da população poderá ser vacinado.
Preparativos para o plano de vacinação
Nesta quarta-feira (2), o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, participou de audiência pública no Congresso Nacional. Na ocasião, ele afirmou que o primeiro lote da vacina de Oxford deve chegar ao país entre janeiro e fevereiro de 2021. A expectativa do Ministério é de receber 15 milhões de doses.
Entretanto, a chegada das doses não significa o início do plano de vacinação. Isso ocorre porque, até então, nenhuma vacina em desenvolvimento obteve registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o ministro Pazuello, a vacinação só terá início após validação da Agência.
O Governo Federal tem garantidas, por meio de acordos, 142,9 milhões de doses de vacinas. Delas, 100,4 milhões são do tipo produzido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a universidade de Oxford. Outras 42,5 milhões de doses são do consórcio Covax Facility, que reúne dez laboratórios.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem o maior programa de imunização do mundo, com distribuição anual de 300 milhões de doses de vacinas e disponibilidade de mais de 37 mil salas de vacinas com refrigeradores a temperaturas que variam entre -20°C e -8°C positivos.
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