A vacina contra herpes-zóster entrou na pauta da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). O órgão abriu consulta pública para que a sociedade civil contribua com o debate sobre a possível inclusão do imunizante Shingrix no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O público-alvo inicial seriam idosos acima de 80 anos e pessoas imunossuprimidas a partir de 18 anos.
Consulta pública sobre a vacina contra herpes-zóster
A consulta pública ficará aberta até o dia 10 de outubro, por meio da plataforma Participa + Brasil. Qualquer cidadão pode enviar contribuições, que serão analisadas pela comissão técnica responsável. Essa etapa faz parte do processo de avaliação que antecede a decisão final do Ministério da Saúde.
É possível enviar a sua contribuição no site da consulta pública, clicando aqui.
A Conitec publicou relatório preliminar recomendando a não incorporação da vacina no SUS, principalmente por causa do alto custo. O preço estimado para o governo seria de R$ 403,30 por dose, com esquema vacinal em duas aplicações. Para imunizar cerca de 1,5 milhão de pessoas ao ano, a projeção de gastos chega a R$ 5,2 bilhões em cinco anos.
Mesmo com a negativa inicial, a comissão destacou a importância do imunizante. “Para essa recomendação preliminar reconheceu-se a importância da vacina do herpes-zóster, mas considerações adicionais sobre a oferta de preço devem ser negociadas para que se chegue a um valor de impacto orçamentário sustentável”, aponta o documento divulgado.
Vacina contra herpes-zóster e sua eficácia
A vacina Shingrix, desenvolvida pela farmacêutica GSK, foi aprovada no Brasil em 2022. Ela é indicada para pessoas acima de 50 anos e para imunossuprimidos com 18 anos ou mais. O imunizante demonstrou eficácia superior a 80% na prevenção da doença e de suas complicações, como a neuralgia pós-herpética, que pode causar dor crônica prolongada.
O esquema vacinal é feito em duas doses, com intervalo de dois meses entre elas. Nos consultórios privados, cada dose custa em torno de R$ 800. Isso eleva o valor total para aproximadamente R$ 1,6 mil.
Segundo o infectologista Jessé Reis Alves, gerente médico de vacinas da GSK, em entrevista ao Globo, “a incorporação da vacina contra o herpes-zóster ao SUS representa um avanço significativo na promoção da saúde preventiva no Brasil, além de proteger as populações mais vulneráveis como idosos e adultos imunocomprometidos”.
Crédito: BlurryMe/Shutterstock
Impacto da doença na população
O herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é resultado da reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que causa a catapora. Após a infecção inicial, geralmente na infância, o vírus permanece no organismo em estado latente. Em situações de baixa imunidade, pode voltar a se manifestar, provocando dor intensa e erupções cutâneas.
Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, indicam que uma em cada três pessoas terá herpes-zóster em algum momento da vida. No Brasil, entre 2008 e 2024, foram registrados mais de 85 mil atendimentos ambulatoriais. Além disso, houve 30 mil internações por complicações da doença no SUS. Entre 2007 e 2023, 1.567 mortes foram associadas ao quadro, a maioria em pessoas com mais de 50 anos.
Onde encontrar a vacina contra herpes-zóster
Enquanto a inclusão no SUS ainda é discutida, a vacina contra herpes-zóster já está disponível em clínicas privadas e redes de farmácias. A rede Drogaraia e Drogasil, parceira do Instituto de Longevidade MAG, oferece o imunizante em suas unidades.
Essa opção amplia o acesso para quem deseja se proteger desde já contra uma doença que pode causar dor intensa, internações e perda de qualidade de vida.
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