Em 2024, os reajustes nos preços dos remédios ocorreram mais cedo. Geralmente realizados em março, eles são baseados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para compensar os custos das indústrias. Com isso, o custo de medicamentos já está mais alto.

Além disso, devido ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 10 estados e no Distrito Federal, os consumidores estão enfrentando não apenas um, mas dois aumentos nos preços.

Pernambuco liderará o aumento, com sua alíquota passando de 18% para 20,5%. Logo depois, o Distrito Federal, Ceará, Paraíba, Tocantins e Rondônia também experimentarão aumentos. No primeiro semestre, espera-se que os estados do Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão e Bahia elevem suas taxas de ICMS.

De acordo com economistas, esses aumentos no custo de medicamentos terão impacto direto no IPCA, que costuma orientar reajustes tradicionais a partir de março. Sem esses ajustes, a alta seria de 4,10% ao ano. Porém, agora é esperado que fique mais próxima de 4,20%. Vale ressaltar que o centro da meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma margem permitida de até 4,5%.

Segundo Sergio Mena Barreto, CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), “o reajuste em março sempre repõe a inflação do ano, de acordo com uma fórmula paramétrica feita pelo governo. E sempre acontece no terceiro mês do ano. Mas agora os governos estaduais resolveram aumentar o ICMS, o que torna a carga tributária dos remédios a maior do mundo, em torno de 36% contra 6% de média internacional”.

Um calculadora. Ao redor dela, diversas cartelas de remédios. Imagem para ilustrar a matéria sobre custo de medicamentos. Crédito: lyalya_go/Shutterstock

Veja como será o aumento do custo de medicamentos nos estados

Alguns estados já saíram na frente com o aumento do custo de medicamentos. Nos estados que implementaram o aumento do ICMS em 1º de janeiro, os impactos do custo de medicamentos já estão sendo sentidos. De acordo com o representante, não houve discussões nem estudos para avaliar o impacto dessas medidas.

Abaixo é possível ver as novas alíquotas de ICMS dos medicamentos que serão cobradas nos estados.

  • Maranhão – 22%

  • Rio de Janeiro – 22%

  • Pernambuco – 20,50%

  • Bahia – 20,50%

  • Ceará – 20%

  • Paraíba – 20%

  • Tocantins – 20%

  • Distrito Federal – 20%

  • Rondônia – 19,50%

  • Goiás – 19%

  • Paraná – 19,50%

  • Rio Grande do Norte – 18%

Confira as alíquotas já cobradas por estados que manterão ICMS:

  • São Paulo – 18%

  • Minas Gerais – 18%

  • Espirito Santo – 17%

  • Rio Grande do Sul – 17%

Fonte: Abrafarma


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