O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue sem precedentes em 2025. Especialistas alertam que este pode ser o pior ano já registrado em termos de casos e óbitos. O estado de São Paulo já soma mais de 116 mil casos prováveis, com 25 mortes confirmadas apenas nas primeiras semanas. O cenário preocupa autoridades de saúde e reforça a necessidade de medidas emergenciais para conter a disseminação do vírus.
O aumento da temperatura global e a intensificação das chuvas criaram um ambiente altamente favorável à reprodução do Aedes aegypti. Além disso, o ressurgimento do sorotipo 3 do vírus, que não circulava há décadas, elevou o risco de infecção para milhões de pessoas que nunca tiveram contato com essa variante.
Grupo de risco e o aumento da mortalidade entre os idosos
A epidemia afeta desproporcionalmente alguns grupos, especialmente idosos, gestantes, crianças e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Os idosos, em particular, apresentam maior risco de desenvolver formas graves da doença. Elas podem levar a complicações como desidratação severa, choque hemorrágico e falência de órgãos. Segundo o infectologista Alexandre Naime Barbosa, em entrevista ao Estadão, “o problema é que existe uma gigante, uma enorme falta de percepção de risco da população. A população não entendeu que dengue mata".
Crédito: Kitsawet Saethao/Shutterstock
Vacinação é a medida para combater a epidemia de dengue
Diante do aumento de casos, autoridades sanitárias têm reforçado campanhas de vacinação e ampliado o público-alvo. No Rio de Janeiro, a vacina agora é oferecida para adolescentes de até 16 anos. Especialistas sugerem que a faixa etária seja ampliada para outros grupos. Segundo Barbosa, "pode, porque o que não dá é ter uma epidemia de dengue que tem contornos de ser a pior da série histórica e ficar guardando vacina. É concebível um país com epidemia de uma doença que está matando cada vez mais, que tem uma vacina gratuita que reduz a mortalidade em 90% e ela estar sobrando? Não faz sentido."
Algumas cidades já estão expandindo a imunização, aproveitando estoques disponíveis para alcançar um público maior.
Ações do poder público e conscientização da população
Governos municipais e estaduais intensificam campanhas de combate ao mosquito e investem na distribuição de kits de testagem. No entanto, especialistas apontam que a maior barreira é a falta de percepção de risco da população. "Hoje temos várias formas de mitigar, de diminuir o impacto da dengue, controlando o vetor, usando repelente nas populações de mais alto risco e vacinando a sociedade", reforça Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo.
Com a previsão de novos recordes de casos e óbitos, especialistas reforçam a necessidade de mobilização coletiva. Manter a vacinação em dia, eliminar criadouros do mosquito e usar repelente são medidas essenciais para conter a epidemia de dengue em 2025.
Com a previsão de um aumento significativo de casos nos próximos meses, a mobilização coletiva se torna fundamental. Evitar o acúmulo de água parada, usar repelentes, buscar atendimento médico ao primeiro sintoma e, principalmente, aderir à vacinação são atitudes essenciais para conter a epidemia de dengue em 2025.
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