A ivermectina é um remédio usado para combater verminoses e parasitas, como piolhos, pulgas e carrapatos. É também um medicamento que tem aparecido muito nas notícias recentemente devido à sua relação com o coronavírus.
Assim como a cloroquina, a ivermectina vem sendo indicada para evitar ou tratar a Covid-19. Porém, até o momento não existem pesquisas científicas que comprovam a eficácia do remédio no combate ao vírus.
Dessa forma, muitos especialistas da área da saúde pedem cautela quanto ao seu uso e que não o façam de forma indiscriminada, pois o seu excesso pode causar problemas à saúde. Pessoas com mais de 60 anos devem ter atenção redobrada, por apresentarem uma maior fragilidade no organismo.
Muita atenção ao uso da ivermectina
A ivermectina é comercializada desde os anos 1980 e provoca a paralisia de vermes e parasitas em animais e humanos. Nas últimas semanas, tem sido um dos remédios mais pedidos em consultórios e farmácias, sumindo rapidamente das prateleiras.
As buscas pelo medicamento começaram a crescer em abril deste ano. Logo depois, uma pesquisa feita pela Universidade Monash, na Austrália, realizou alguns testes em laboratório que mostraram que a ivermectina pode neutralizar as propriedades infecciosas do vírus em 48 horas.
No entanto, são só resultados preliminares e não podem ser considerados como conclusivos. A substância foi testada somente em uma cultura de células e ainda não foi aplicada em seres humanos.
De acordo com os pesquisadores, é preciso realizar outros testes e procedimentos antes disso. Eles também apontam que esse resultado não garante a eficácia da ivermectina contra o coronavírus e que, caso seja usado como remédio, pode ser tóxico ao organismo humano e até provocar sérios danos à saúde.
A Anvisa e o Ministério da Saúde não recomendam o uso da ivermectina
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou no dia 9 de julho uma nota alertando contra os efeitos colaterais da ivermectina: “Também não existem dados que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença. Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo”.
Já o Ministério da Saúde informou à BBC News Brasil de que não há orientações de uso da ivermectina no tratamento da Covid-19. A pasta também alegou que, até o momento, não existem medicamentos, substâncias, vitaminas, alimentos específicos ou vacinas que previnam a infecção do vírus.
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