Pintar ou alisar o cabelo aumenta em 55% a probabilidade do surgimento de câncer de mama. O número aumenta q uando a técnica é realizada uma ou mais vezes em um período de cinco a oito semanas. Nesses casoa, a taxa pode chegar a 60%.

Os resultados são de um estudo realizado nos Estados Unidos. A pesquisa foi publicada em dezembro de 2019 no International Journal of Cancer. Ao todo, 47.650 mil mulheres saudáveis com idades entre 35 e 74 anos participaram do experimento que durou seis anos. Todas elas tinham histórico de câncer de mama na família.

Embora se saiba que a doença não é hereditária, números têm mostrado que quem tem histórico familiar tem mais risco de desenvolver a doença. No caso de câncer de mama, a comunidade médica estima que entre 5% e 10% dos casos sejam herdados.

O experimento

Entre 2003 e 2009, as participantes responderam periodicamente a questionários sobre o uso de produtos capilares. Eles reportaram dados sobre tipo de produto, tonalidades, marcas, frequência de uso, etc. A cada três anos, as informações sobre seus hábitos de beleza eram atualizadas.

Entre mulheres brancas que pintam os cabelos, as chances são menores, apenas de 7%. Já em mulheres negras, o percentual sobe para 45%. Os autores do estudo ainda não conseguiram explicar o porquê da discrepância. Uma das hipóteses é a de que os produtos direcionados para a população negra contenham níveis mais altos de substâncias químicas associadas ao surgimento de câncer. Mas consideram que outros fatores precisam ser levados em conta.

câncer de mama

Crédito: dimid_86/shutterstock

A influência étnica no surgimento de câncer de mama não foi observada em pessoas que realizavam apenas o alisamento capital. Independentemente de raça, mulheres que alisam o cabelo apresentaram risco 18% maior de desenvolver a doença. Entre as que realizam a técnica em um intervalo de cinco a oito semanas, os riscos aumentaram para 31%.

O câncer de mama

Segundo tipo mais comum no mundo, o câncer de mama ainda não pode ser prevenido. A eficácia de seu tratamento dependerá da rapidez com que o problema for diagnosticado. Por essa razão, os médicos recomendam que as mulheres prestem muita atenção a alterações no corpo. Além disso, o autoexame deve ser realizado, pelo menos, uma vez ao mês.

Com o passar do tempo, os riscos só aumentam. De acordo com o Inca, a chance de ter um câncer de mama cresce a partir dos 40 anos e chega a ser 10 vezes maior em mulheres a partir dos 60 anos.

O câncer de mama não é hereditário. De cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, entre 5 e 10 apresentarão o câncer com transmissão genética.


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Causas do câncer de mama

As causas para o surgimento do câncer de mama ainda são desconhecidas, mas seu aparecimento está muito relacionado a fatores de risco. Dentre eles, idade, histórico familiar, dieta e atividade física. Veja abaixo detalhadamente:

Sedentarismo

Estudos mostram que mulheres que não têm o hábito de realizar atividades físicas apresentam um risco 40% maior de desenvolver a doença do que as que praticam exercícios.

Fatores ambientais

Respirar ar poluído e trabalhar em contato com substâncias tóxicas oito horas por dia traz riscos à saúde e pode abrir as portas para agentes cancerígenos. É por essa questão que muitas profissões possuem redução para o tempo de aposentadoria apoiadas no fator insalubridade.

Consumo de bebida alcoólica

A composição do álcool possui efeito cancerígeno sobre as células do nosso corpo. Por isso, o consumo dessa substância favorece o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo o de mama.

Obesidade

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) mostrou que, em 2025, o Brasil terá 29 mil casos de câncer relacionados à obesidade. Um número duas vezes maior que os 15 mil casos registrados em 2012, ano do último levantamento realizado. Os casos de câncer associados à obesidade e ao sobrepeso correspondem a 3,8% de todos os diagnósticos oncológicos feitos no país.

Estresse

O estresse estimula a liberação de hormônios como cortisol, adrenalina e noradrenalina, que provoca o aumento dos triglicerídeos e a elevação dos níveis de açúcar no sangue. Sob o risco oncológico, o quadro pode levar a um processo contínuo de inflamação, aumentando o risco de uma pessoa desenvolver câncer. Estudos recentes verificaram elevados níveis de estresse psicossocial em pacientes com cânceres de próstata, ovário, cólon, cabeça e pescoço.

Tabagismo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável. Em todo o mundo, o consumo de cigarros provoca o óbito de 10 mil pessoas por dia. No Brasil, 428 pessoas morrem diariamente devido a complicações causadas pelo tabagismo. Estudos mostraram que, a cada tragada em um cigarro, 4.700 substâncias tóxicas entram no organismo. Essas substâncias podem causar cerca de 50 diferentes doenças, entre elas, vários tipos de câncer, como o de mama.


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Prevenção do câncer de mama

Como já evidenciamos em outras matérias publicadas no portal do Instituto de Longevidade, a prevenção ao câncer de mama não deve focar apenas em seus fatores de risco, mas também nos de proteção. Alguns itens que aumentam o risco de surgimento da doença são passíveis de intervenção, outros podem ser modificados.

Para se prevenir, é importante adotar alguns hábitos saudáveis, como manter o peso ideal, cumprir uma dieta balanceada, praticar atividade física, realizar exames periódicos anualmente, não fumar e não consumir bebidas alcoólicas em excesso. Além de reduzir a periodicidade da aplicação de tinta e alisador de cabelos.

No caso de haver histórico familiar, médicos recomendam que seja realizada uma investigação para identificar a possível presença de uma predisposição genética hereditária.

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