Síndrome respiratórias voltaram a preocupar profissionais da saúde. Dados do novo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continuam em alta. Ela vem afetando principalmente idosos e crianças. Entre os idosos, o destaque está no número de mortes causadas pela Influenza A. O vírus lidera os registros da doença nessa faixa etária.

Nas últimas oito semanas analisadas, a mortalidade por SRAG foi semelhante entre crianças e pessoas idosas. No entanto, entre os mais velhos, os casos associados à Influenza A foram os mais frequentes. O levantamento é referente à semana epidemiológica de 25 a 31 de maio e considera dados laboratoriais nacionais.

“A influenza A é responsável pelo aumento das hospitalizações por SRAG entre idosos a partir dos 65 anos”, afirma Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, à Agência Brasil. Segundo ela, o mesmo vírus também impacta adultos e jovens a partir dos 15 anos, mas o risco é maior nos mais velhos.

Alta da síndrome respiratória aguda grave entre idosos exige atenção

Entre os fatores que preocupam, está o comportamento do vírus da Influenza A. Isso porque ele é capaz de atingir os mais velhos com mais severidade. Os especialistas alertam para o risco de complicações respiratórias em pessoas idosas, sobretudo com comorbidades. A recomendação da Fiocruz é clara: manter a vacinação em dia é essencial.

“Reforço a importância da vacinação contra o vírus da influenza A, especialmente nas populações mais vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com comorbidades e gestantes”, alerta Tatiana Portella. A pesquisadora lembra que o impacto da síndrome respiratória em idosos pode levar a internações prolongadas e até ao óbito.

O boletim também chama atenção para a circulação simultânea de outros vírus. O vírus sincicial respiratório (VSR), por exemplo, é apontado como o principal responsável pelo aumento de casos entre crianças de até 4 anos. Já nos adolescentes, há influência de rinovírus e também da Influenza A.

Uma pessoa idosa tomando vacina para evitar a síndrome respiratória aguda grave. Crédito: Photocarioca/Shutterstock

Aumento da síndrome respiratória aguda grave atinge quase todo o país

Dos 27 estados brasileiros, 25 estão com índices de síndrome respiratória aguda grave em alerta, risco ou alto risco. Os dados mostram tendência de crescimento a longo prazo. Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo estão entre os estados com maior incidência da síndrome respiratória neste momento.

O InfoGripe também indica que 15 capitais apresentam níveis de alerta para a doença. O alerta inclui Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre. O avanço da síndrome respiratória nessas regiões exige resposta rápida das autoridades de saúde.

Especialistas defendem ações coordenadas para conter a disseminação da SRAG, especialmente entre os mais vulneráveis. Além da vacinação, é importante reforçar hábitos de prevenção, como o uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização das mãos.


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