Na saga por um imunizante para a Covid-19, a vacina produzida em parceria pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca não tem, até então, alta eficácia comprovada para pessoas com mais de 55 anos. A informação é do jornal New York Times em reportagem publicada nesta quarta-feira (25). O laboratório havia comunicado, no início da semana, que a vacina tem eficácia de até 90%, entretanto, a AstraZeneca não esclareceu se esse percentual é relativo a testes realizados com idosos.

No anúncio, feito na segunda-feira (24), a AstraZeneca afirmou que os resultados variavam entre 62% e 90% de eficácia, dependendo da intensidade da dose administrada. Em média, a eficácia da vacina é de 70%, conforme os resultados iniciais dos testes.

Essa variação na eficácia ocorreu após um erro na dosagem de vacina recebida por parte dos participantes dos estudos. A AstraZeneca admitiu que menos de 2,8 mil participantes receberam meia dose do imunizante, quando deveriam ter recebido uma dose completa. Ao identificar a falha, o laboratório administrou uma dose completa para esses participantes, resultando um total de uma dose e meia.

Com esses participantes, foi avaliada uma eficácia de 90% da vacina de Oxford. Entretanto, o laboratório não esclareceu qual a faixa etária desse grupo, de forma que não é possível dizer que a eficácia de 90% possa ser obtida em qualquer pessoa.

vacina de Oxford / AstraZenecaEm outros quase 8,9 mil voluntários, que tomaram duas doses completas da vacina, a eficácia foi menor. Para os especialistas ouvidos pelo New York Times, as informações ainda não estão claras. “O comunicado levantou mais perguntas do que ofereceu respostas”, analisou ao jornal o professor de microbiologia e imunologia do Weill Cornell Medical College, John Moore. Tanto o laboratório quanto a Universidade de Oxford ainda não se pronunciaram quanto aos questionamentos levantados pela reportagem, nem detalharam os resultados anunciados no início da semana.

Diante dos questionamentos levantados, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou à imprensa na quinta-feira (26) que o laboratório fará um novo teste global para assegurar a eficácia da vacina. “Agora que encontramos o que parece uma eficácia melhor, temos que validar isso, então precisamos fazer um estudo adicional”, afirmou.

Para receber notícias sobre o coronavírus em primeira mão, cadastre-se no formulário abaixo.

Coronavírus: cadastre o seu e-mail e receba notícias

Tenha as últimas notícias sobre as medidas de contenção e prevenção, número de casos, tratamento e muito mais. Juntos, podemos virar este jogo! Cadastre-se agora.

Livro


Compartilhe com seus amigos

Receba os conteúdos do Instituto de Longevidade em seu e-mail. Inscreva-se: