O mundo segue em compasso de espera pelo anúncio de um imunizante que possa deter a pandemia do novo coronavírus. Em todo o globo, há mais de 300 iniciativas de vacinas da Covid-19 de empresas farmacêuticas como AstraZeneca, Sanofi/GSK, Novavax, Pfizer/BioNTech, Janssen-Cilag, CureVac, Moderna, Sinovac, Valneva e Gamaleya. Dessas, ao menos nove imunizantes já estão na fase três dos estudos, considerada a mais adiantada.  

Algumas das vacinas da Covid-19 são testadas no Brasil. Por causa das altas taxas de transmissão comunitária da doença, o país foi considerado uma das melhores regiões para os estudos clínicos das vacinas.

Atualmente, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há quatro vacinas da Covid-19 sendo testadas com mais de 30 mil voluntários brasileiros. 

vacinas da Covid-19 testadas no Brasil


Confira a seguir os status das quatro vacinas da Covid-19 testadas no Brasil.

Vacinas da Covid-19

CHADOX1 NCOV-19

Vacina da farmacêutica AstraZeneca produzida em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido. Em atualização feita no início de outubro, a empresa informou que, na fase 3 dos testes, a vacina produziu “robusta” resposta imune em adultos mais velhos, que fazem parte do grupo de risco da doença.

A AZD1222 – nome técnico da vacina – usa uma versão enfraquecida do vírus de resfriado comum (adenovírus) que causa infecções em chimpanzés e contém o material genético da proteína spike do SARS-CoV-2. Depois da vacinação, a proteína spike superficial é produzida, o que prepara o sistema imunológico contra o vírus da Covid-19 caso o corpo venha a ser infectado.

Além do nosso país, a vacina é testada nos Estados Unidos, Reino Unido, África do Sul e Japão. Os testes chegaram a ser paralisados em outubro, mas foram retomados no final de outubro após os órgãos regulatórios dos países confirmarem sua segurança. No Brasil, os estudos envolvem 10 mil voluntários nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul.

AD26.COV2.S (VAC31518)

Esta vacina é produzida pela unidade farmacêutica da Johnson & Johnson nos Estados Unidos e Bélgica. Participam dos testes voluntários da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e Estados Unidos.

Os estudos, que estão na fase três, foram pausados em 12 de outubro para investigação de uma doença não-preexistente em um voluntário. O caso é avaliado por um comitê independente. Após constatar a segurança da pesquisa clínica, a Anvisa autorizou, no último dia 3 de novembro, a retomada dos testes da Janssen-Cilag no Brasil.

Até a paralisação, 12 voluntários haviam sido imunizados no país. A previsão é de que mais de sete mil pessoas sejam envolvidas nos testes dessa vacina no Brasil com voluntários dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e do Distrito Federal.

CORONAVAC

A chamada Coronavac é uma vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac com estudo coordenado no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Os testes dessa vacina ocorrem no país ocorrem com 13 mil voluntários de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Na última segunda-feira, 9 de novembro, a Anvisa anunciou a suspensão dos testes da Coronavac em razão de “evento adverso grave”. Não foram divulgadas, até o momento, mais informações sobre o que motivou a interrupção.

A estratégia da Coronavac é semelhante à de outras vacinas, como a do sarampo. Em laboratório, o vírus é inativado com um produto químico. Dessa forma, ao ser injetado no nosso corpo, o sistema imunológico identifica o vírus e produz anticorpos contra ele. Assim, quando entramos em contato com o SARS-CoV-2, o corpo já tem a “receita” para preparar mais anticorpos e combater a infecção.

Trata-se de um método muito comum para produção de vacinas. Porém, também possui desvantagens. Dentre elas, o fato de que a resposta imune gerada por esse tipo de vacina não é tão forte ou duradoura como em outros métodos.

PF-07302048

Produzida pela farmacêutica Pfizer em parceria com a BioNTech, essa vacina usa moléculas de RNA para fazer com que nossas próprias células produzam uma proteína viral. O objetivo é que o sistema imunológico entre em contato com a proteína e produza anticorpos. Dessa forma, ao entrar em contato com o novo coronavírus, poderá reconhecer rapidamente a proteína e fornecer um ataque rápido contra o vírus.

Segundo o laboratório, foram desenvolvidas quatro vacinas. Para os testes amplos com voluntários, foi escolhida aquela que apresentou menor potencial de reações adversas. Os testes devem continuar até que se chegue a 164 casos de voluntários diagnosticados com Covid-19, quando será considerado completo e seus dados serão analisados. No Brasil, a vacina é testada em cerca de 3 mil voluntários localizados na Bahia e em São Paulo.

O laboratório Pfizer anunciou no último dia 9 de novembro os resultados dos testes da vacina contra Covid-19. Segundo a empresa, a vacina é mais de 90% eficaz. A Pfizer explicou que de 44 mil participantes dos testes, 94 ficaram doentes com a Covid-19. A partir de uma análise de quantos desses infectados haviam tomado placebo e quantos haviam de fato tomado a vacina, concluiu-se que o imunizante tem 90% de eficácia.

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