Com a chegada de dezembro, a ansiedade no fim do ano se torna uma realidade para muitas pessoas. Essa época traz reflexões, cobranças e uma sobrecarga emocional que pode impactar significativamente a saúde mental. Segundo especialistas, essa tensão é resultado de demandas acumuladas e da pressão social e pessoal associadas ao encerramento de ciclos.

De acordo com a psiquiatra Cintia Braga, em entrevista ao Terra, o fim do ano é um momento de intensas pressões. Compromissos familiares, reuniões de trabalho e metas por concluir criam um cenário de alta exigência. "Esse período nos coloca em um estado de reflexão sobre o que foi planejado e o que realmente foi alcançado, gerando um sentimento de insatisfação e autocrítica", explica.

Além disso, a sensação de urgência intensifica o estresse. Ao perceber que o tempo para realizar metas está se esgotando, o sentimento de "tempo perdido" torna-se predominante. Braga ressalta que essa percepção pode ser desproporcional e prejudicial, pois ignora fatores externos que influenciam no alcance dos objetivos.

Ansiedade no fim do ano: pressão e expectativas como vilãs

Outro fator relevante para o aumento da ansiedade no fim do ano é a sobrecarga gerada por eventos sociais e compromissos acumulados. As altas expectativas para o próximo ano contribuem para a criação de um ciclo desgastante. A média pontua que as pessoas sacrificam o descanso e o autocuidado para dar conta de todas as demandas. Esse comportamento pode intensificar o desgaste emocional.

Essa combinação de cansaço físico, cobranças internas e expectativas elevadas pode levar ao esgotamento. Braga alerta que, sem cuidado, os sintomas de ansiedade podem se agravar, prejudicando a qualidade de vida.

Uma mulher negra, apoiando o rosto nas mãos e lidando com a ansiedade no fim do ano. Ao fundo, uma árvore de natal. Crédito: Drazen Zigic/Shutterstock

Estratégias práticas para aliviar a ansiedade no fim do ano

Para enfrentar esse período, o planejamento realista é uma das principais recomendações. A psiquiatra sugere priorizar tarefas essenciais e evitar sobrecarga. Dessa forma, é possível equilibrar as demandas sem comprometer a saúde mental.

A prática da autocompaixão também é fundamental. Entender que imprevistos acontecem pode ajudar a reduzir a pressão. Além disso, reservar momentos para atividades prazerosas e relaxantes é outro passo importante para manter a mente equilibrada.

Segundo a especialista, reavaliar metas e ajustar expectativas pode tornar o encerramento do ano mais leve. Reconhecer as conquistas, mesmo as pequenas, é um exercício que reforça a gratidão e diminui a autocrítica.

Usar esse período para reflexões realistas sobre o próximo ano permite iniciar um novo ciclo com mais equilíbrio. A chave para lidar com a ansiedade no fim do ano é adotar uma abordagem gentil consigo mesmo, valorizando tanto os avanços quanto as lições aprendidas.


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