A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que 9,6% dos 8 bilhões de habitantes do planeta têm mais de 65 anos. A previsão é que, em 2050, de 9,7 bilhões, 16,5% tenham 65 anos ou mais. Esse processo de envelhecimento populacional tem um impacto direto na saúde, uma vez que casos de demência e outras comorbidades têm grandes chances de aumentar.

As síndromes que causam algum nível de déficit cognitivo são as doenças que mais afetam pessoas idosas. Por esse motivo, é necessário que instituições governamentais comecem a agir e a criar políticas públicas para se antecipar aos desafios futuros.

Casos de demência já são muito presentes na vida dos idosos. Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas vivem com a doença, segundo a Organização Mundial da Saúde. Para 2050, estima-se que o número chegue a 140 milhões.

Casos de demência no Brasil

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Alzheimer, 1,7 bilhões de brasileiros possuem algum tipo de demência. Os dados do estudo são de 2019 e indicam que 55% dos casos são de Alzheimer. É possível que os casos de demência aumentem, em 30 anos, para 5,5 milhões.

Além disso, as evidências indicam que a prevenção é o caminho mais indicado e, para isso, é necessário que políticas interdisciplinares de médio e longo prazo sejam realizadas.

Com algumas ações, casos de demência poderiam ser evitados. Estima-se que 40% dessas comorbidades poderiam ter uma situação mais favorável com ações que miram em 12 pontos, como:

  • Educação (com ações antes dos 45 anos);
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Perda auditiva;
  • Traumatismo cranioencefálico;
  • Excesso de consumo de álcool;
  • Tabagismo;
  • Depressão;
  • Sedentarismo;
  • Isolamento social;
  • Diabetes;
  • E poluição do ar (com ações acima dos 65 anos).

Segundo especialistas, o maior problema do Brasil é o diagnóstico tardio e precário. Principalmente para a identificação de casos de Alzheimer. Além disso, o tratamento não se restringe à terapia medicamentosa. Sendo multifatorial, deve envolver intervenção de neurologistas, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, cuidadores, entre outros profissionais.

É importante ressaltar que o custo social de casos de demência é elevado. Segundo a cotação mais recente, o gasto médio no tratamento de um paciente é de US$ 1.379 por mês (cerca de R$ 6.798).

Close nas mãos de uma mulher idosa jogando quebra-cabeças, treinamento para prevenção de demência. Imagem para ilustrar a matéria sobre casos de demência. Crédito: Sweet_tomato/Shutterstock

Casos de demência afetam família e cuidadoras

Doenças que provocam debilidades cognitivas afetam a pessoa idosa, sua família e também cuidadores, que, em geral, são mulheres. Segundo uma pesquisa realizada pelo ambulatório de geriatria da Unesp, 9 em cada 10 cuidadores são do sexo feminino.

Entre aqueles encarregados de cuidar dos pacientes, 62,2% afirmam enfrentar desafios relacionados a transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade. Por causa dessas questões, a curto prazo, é necessário criar uma rede de suporte para as famílias.

As políticas públicas destinadas a antecipar o aumento dos casos de demência têm um papel fundamental não apenas em aspectos médicos, mas também em iniciativas que combatam a desigualdade social. A baixa escolaridade, por exemplo, é um dos principais fatores de risco da doença.


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