Costumo fazer minhas caminhadas diárias num Parque perto de casa. É um lugar gostoso, arborizado, com muitos caminhantes exercitando-se, e crianças brincando sob o olhar vigilante de suas mamães e babás, às vezes de algum papai. Numa das minhas últimas caminhadas vi uma menina de uns 4 anos, tentando subir num brinquedo que era muito alto para ela. Muito esforço, persistência e ela conseguiu chegar lá em cima. E a primeira coisa que falou, quase gritando: Olha, mamãe!
A menina queria que sua mãe não só olhasse o seu feito, mas queria uma palavra de atenção e reconhecimento de sua mãe. Ela atingiu com sucesso sua escalada, e queria que a mãe dissesse alguma coisa. E foi isto que aconteceu, a mãe carinhosamente a elogiou, e ajudou-a a descer do brinquedo. A menina não cabia em si de tanta alegria, com um belo sorriso em seu rostinho lindo.
Fiquei pensando em quanto precisamos de reconhecimento, não só pelos nossos feitos, mas também pelo simples fato de existirmos. Nas pessoas na segunda metade de suas vidas isto é mais intenso, pois uma das principais queixas dos idosos é que não são ouvidos, as pessoas não tem paciência de ouvir, muito menos de reconhecer. Muitos idosos sentem-se invisíveis. E isto cria um fechamento, um isolamento que não é bom para ninguém, nem para o idoso que se sente isolado, nem para os mais jovens, que desperdiçam a oportunidade de aprender alguma coisa dos mais velhos.
Uma palavra carinhosa não custa nada e pode representar muito!
Gustavo é escritor e coach, apoia pessoas, idosas ou não, a tomarem decisões para serem mais plenas, terem clareza de objetivos e de significados de vida. Conduz palestras e workshops sobre temas comportamentais, criou o grupo “Mais Velhos, Mais Sábios” no Facebook. É escritor de mais de 20 livros e E-Books sobre desenvolvimento pessoal e organizacional. E-mail: gustavo@boog.com.br Site: www.boog.com.br Fones: (11) 5183-5187 ou 5183-5096 Celular: (11) 99137-7691