O Instituto de Longevidade MAG esteve presente no MaturiFest. Trata-se do maior evento relacionado a trabalho e empreendedorismo voltado aos 50+,  que ocorreu entre os dias 14 e 16 de agosto. Representado pelo diretor Gleisson Rubin, o assunto em foco foi a importância do planejamento financeiro na transição de carreira após os 45 anos. Como base, foram avaliados os dados de uma pesquisa sobre transição de carreira realizada pela Maturi em conjunto com a NOZ Inteligência.

De acordo com Juliana Vanin, fundadora da NOZ Inteligência, a pesquisa foi realizada com o intuito de obter dados sobre motivação, planejamento e aprendizado no caso de quem pensa em mudar de carreira na maturidade. “Percebemos que 90% dos entrevistados consideram ter uma vida profissional mais longeva. E que 68% estão em diferentes estágios desse processo de transição”, contou.

Para Mórris Litvak, CEO da Maturi, a pesquisa ajudou a trazer dados sobre mudanças que vêm ocorrendo com relação à carreira após os 45. “Faltavam dados para entender. Mas já havíamos notado que as oficinas de transição de carreira que realizamos no passado simplesmente “bombaram”. O mesmo aconteceu neste ano. Agora temos dados que mostram que não são apenas os jovens que são movidos a propósito. Os maturis também pensam no que vão deixar para o mundo”, comentou. 

Idosos realizando planejamento financeiro antes de mudar de carreira Fonte: fizkes/Shutterstock

Planejamento financeiro na transição de carreira é distância entre realidade e expectativa

Segundo o diretor do Instituto de Longevidade MAG, Gleisson Rubin, os dados apresentados pela pesquisa desmontam a visão do senso comum de que o conceito de aposentadoria se confunde com o de inatividade produtiva. “A própria metáfora de que o momento da aposentadoria é o de “pendurar as chuteiras” perdeu muito do seu significado original", disse.

Gleisson ressaltou que, hoje, quando o jogador de futebol ou o atleta de alto rendimento "pendura as chuteiras", ele está na verdade iniciando a transição para uma nova carreira. "Ele poderá se tornar técnico, comentarista esportivo, consultor. Ou, ainda, atuar em uma área que não guarde relação alguma com o que ele ou ela fazia enquanto atleta profissional”, comentou.

Com relação ao planejamento financeiro na transição de carreira, Gleisson afirmou que as respostas mais frequentes obtidas pela pesquisa mesclam as dimensões quantitativa e qualitativa das relações de trabalho e da geração de renda. “O aspecto financeiro é, ainda, um drive importante da escolha por uma transição de carreira. E isso diz muito sobre os desafios que as pessoas encontram para alcançar a estabilidade financeira nas carreiras que abraçaram originalmente", pontuou. 

De acordo com a pesquisa, metade dos respondentes enxergam no processo de transição de carreira a oportunidade de buscarem um trabalho que lhes proporcione o retorno financeiro que a ocupação anterior não foi capaz de assegurar. "Dessa constatação poderíamos derivar a conversa para uma série de outras hipóteses. Entre elas, lacunas de qualificação, falta de reconhecimento e prestígio de algumas ocupações e por aí vai”, disse ele.

Práticas de Longevidade Financeira precisam ser incorporadas o quanto antes

O diretor do Instituto de Longevidade MAG também ressaltou os riscos da realização de uma mudança de carreira sem planejamento financeiro. Ele explicou que uma transição é um processo, portanto, algo que precisa de um tempo de planejamento e de um colchão financeiro.

“A pesquisa mostra que 43% dos entrevistados que desejam  mudar de carreira não conseguem ter um planejamento financeiro na transição de carreira. E precisamos entender que uma transição dissociada de planejamento é a distância entre a expectativa e a realidade. Trata-se de um processo que talvez necessite de um certo recuo antes de seguir em frente. É como uma escola de samba em que é preciso fazer o recuo da bateria para dar sequência”, exemplificou.

Segundo Gleisson Rubin, a formação de uma reserva financeira vem de uma equação favorável entre receitas e despesas. “É preciso que a pessoa que deseja uma transição de carreira na maturidade reveja gastos. Ela também deve buscar qualificação e adotar práticas que, quanto mais cedo incorporadas, maiores as chances de êxito”, disse. 

Gleisson também fez um paralelo com os investimentos para explicar o cenário.  “Normalmente há um tripé formado por tempo, dinheiro e risco. Se a pessoa tem menos tempo, ela precisa ter mais dinheiro e/ou correr mais riscos. Na maturidade, o ideal é mitigar esses riscos exatamente por conta do menor tempo de recuperação. Portanto, quanto mais segurança financeira uma pessoa tiver, melhor a probabilidade de fazer uma transição de carreira mais tranquila”, afirmou. 


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