Todos sabemos que empreender é uma saída para agregar renda e para sentimento de pertencimento a fim de revigorar a autoestima de quem se sente sem rumo após a aposentação.
Segundo Pesquisa GEM – Global Entrepreneur Monitor (pesquisa mundial sobre o empreendedorismo coordenada pelo Babson College – Massachusets – EUA e no Brasil por Sebrae, FG, UFPR, IBQP), existe uma escala variável de tendência para empreender nas diversas faixas de idade da população. Dados da GEM 2016 afirmam que o desempenho econômico está atrelado ao aumento das pessoas que empreendem. A Pesquisa descreve que o número de pessoas nas faixas acima dos 55 anos saltou para 10% contra 7% em 2012.
Nesse sentido, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa tem contribuído para incentivar e consolidar projetos empreendedores e sonhos de muitas pessoas, facilitando a abertura de novos negócios, o pagamento de tributos e colocando os municípios como apoiadores e incentivadores para o desenvolvimento técnico dos novos empreendedores em todo Brasil.
Todavia, alguns padrões comportamentais limitam os brasileiros acima dos 50 anos a empreenderem:
1) a falta de autoestima; e
2) a falta de crença positiva em ver a atividade empreendedora não só como atividade de risco, mas também como possibilidade de manter-se útil e producente nessa nova fase da vida.
Costumo afirmar que se há trinta anos, no início da vida profissional, a “bagagem da vida estava vazia” de experiências, rede de relacionamentos, conhecimentos e todos percorreram uma carreira com conquistas, imaginem agora que todos estão com a “bagagem cheia”, potencialmente preparados para seguir como empreendedores no “segundo tempo” da carreira.
Dessa forma, a última Pesquisa GEM confirma um lado positivo comportamental de pessoas acima dos 55 anos que partem para serem donas do próprio negócio, afirmando que nessa faixa de idade os empreendedores permanecem mais tempo e dão mais longevidade aos negócios, vide tabela abaixo:
FONTE: GEM
Podemos deduzir a partir desses dados que os empreendedores acima de 50 anos ainda são menos dispostos que os mais jovens na faixa dos 20-30 anos. Entretanto, as pessoas mais idosas tendem a permanecer mais tempo no negócio, dando longevidade maior em relação às outras faixas de idade. Inferimos que isso pode ser fruto de maior dedicação, paciência e foco que os cinquentões podem possuir em relação aos mais jovens. Portanto, senhores e senhoras aposentados, avante em desenvolver o espírito empreendedor em entidades como Sebrae, Senac, Senai e em outras como associações profissionais para colocar o sonho empreendedor de pé... já é hora!