Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que 48% dos consumidores brasileiros ficaram com o nome sujo em algum momento de 2019.

O estudo foi feito em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e ouviu 813 consumidores com mais de 18 anos de todas as classes sociais e das 27 capitais do país. 


Só quem participa do grupo de Whatsapp do Instituto de Longevidade recebe os melhores conteúdos informativos. Clique aqui e faça parte!


De acordo com o levantamento, quase metade dos consumidores brasileiros ficou com o CPF negativado no Serasa por causa de dívidas em atraso. Em contrapartida, muitos afirmaram que mudaram sua relação com as compras após ficarem com o nome sujo.

Do total, 39% disseram que começaram a controlar mais os gastos, enquanto 34% se mostraram mais reflexivos após o ocorrido e agora procuram pensar muito antes de fazer uma compra. Já 18% começaram a evitar o cartão de crédito.

Alguns entrevistados também afirmaram que mudaram seu comportamento em relação a outras pessoas e 21% contaram que deixaram de emprestar dinheiro a terceiros.

Dificuldade em quitar as contas ao final do mês

Apesar de algumas mudanças após descobrirem que ficaram com o nome sujo, muitos brasileiros ainda encontram dificuldade de se planejar para chegar ao fim do mês com todas as contas quitadas. A pesquisa do SPC Brasil aponta que 48% dos consumidores não controlam seu orçamento.

Isso pode ser explicado porque 25% confiam apenas na memória para anotar os gastos do dia a dia, enquanto 20% não fazem nenhum registro dessas despesas. Outros 2% delegam esse controle a terceiros e acabam não acompanhando essa gestão financeira de perto.

O estudo também mostra que apenas 52% dos consumidores realizam uma gestão efetiva de suas finanças. Em cada dez pessoas que fazem esse controle na ponta do lápis, apenas 33% planejam as despesas do mês seguinte com antecedência. A maioria (39%) anota os gastos à medida em que vão ocorrendo, enquanto 27% só registram as compras ao final do mês. 

Entre aqueles que assumem não se importar com a gestão orçamentária, 20% afirmam que não vêm necessidade nisso e confiam nas contas de cabeça. Já 16% revelam não ter disciplina para fazer esse controle. Outros 16% dizem que não possuem um rendimento fixo ou não sabem exatamente o quanto ganham por mês.

O que significa ter o nome sujo?

Ter o nome sujo significa ter alguma dívida pendente. Quando um consumidor não paga o que deve, seu nome é colocado em uma lista do Serasa pelo credor. De acordo com a pesquisa mais recente divulgada pelo Serasa Experian, mais de 61 milhões de brasileiros estão endividados — ou seja, cerca de 1/4 da população economicamente ativa do país.

Quando uma pessoa está com o nome sujo, ela fica exposta a situações que podem prejudicá-la de várias formas. Os principais efeitos são a dificuldade em ter o crédito aprovado ou conseguir financiamentos e empréstimos. Os bancos também podem impedir que esse consumidor abra uma conta nova.

Caso ele esteja procurando emprego, o empregador pode se recusar a contratá-lo se estiver com o nome sujo. O mesmo acontece com instituições de ensino, que podem negar a renovação de matrícula por inadimplência.

Para saber se o seu nome está sujo, consulte o seu CPF no Serasa Consumidor.

Compartilhe com seus amigos

Receba os conteúdos do Instituto de Longevidade em seu e-mail. Inscreva-se: